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CUT e CTB recusam convite de Temer para discutir reforma da Previdência

Manifestação organizada pela CUT em Brasília a favor de Dilma Rousseff. (Foto: Reprodução)

A CUT (Central Única dos Trabalhadores) e a CTB (Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil) não irão ao Palácio do Planalto se reunir com o presidente interino Michel Temer e outras centrais sindicais para negociar a reforma da Previdência.

Temer também convidou centrais que já haviam se reunido com ele há três semanas, quando ele ainda não havia assumido a Presidência. A reunião está marcada para esta segunda-feira (16) às 15h.

“A CUT não reconhece golpistas como governantes. Por isso, não irá à reunião”, diz nota da Central Única dos Trabalhadores, que exige a volta de Dilma ao Planalto.

A CTB justifica a recusa falando em “traição à classe trabalhadora”, e chamando o governo interino de “golpista”. “Diante de evidências, a proposta de reforma da Previdência de Temer prevê aposentadoria no caixão. A CTB tem muita clareza dos riscos e, diferente de alguns setores do movimento sindical, não se dispõe a segurar na alça da traição”, disse Adilson Araújo, presidente da central.

No último dia 26, Temer havia chamado ao Palácio do Jaburu os presidentes da Central Sindical Brasileira, da Nova Central Sindical de Trabalhadores, da Força Sindical, e União Geral dos Trabalhadores. Um dia antes, movimentos sociais – entre eles, a CUT – estavam no Planalto com a presidenta afastada Dilma Rousseff e seu antecessor, Luiz Inácio Lula da Silva, fora da agenda oficial.

“Precipitado, inadequado e extremamente desrespeitoso com a presidenta Dilma. Fechado o processo do golpe, cada um que se reúna. Mas antes é desrespeitoso”, declarou na ocasião Vagner Freitas, presidente da CUT.

O encontro proposto por Temer acontece após a repercussão negativa de propostas de mudanças na Previdência feitas por seus ministros. Henrique Meirelles (Fazenda) e Eliseu Padilha (Casa Civil) declararam, na semana passada, que o governo adotará a idade mínima ou aumentará o tempo de contribuição para resolver o déficit crescente na área. (AG)

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