Existem muitos exemplos de doenças cujas manifestações iniciais acontecem através dos olhos. Entre as mais mais comuns estão a diabetes, a hipertensão e a dislipidemia.
Há até medicamentos que podem causar toxicidade e efeitos adversos que são detectados nos olhos. O órgão também pode expor o funcionamento do sistema cardiocirculatório ou evidenciar doenças neurodegenerativas. O Alzheimer, por exemplo, apresenta um mecanismo fisiopatológico semelhante, em parte, à degeneração macular – uma patologia ocular cujo principal fator de risco é a idade avançada (como ocorre com o Alzheimer).
Os olhos veem e mostram, da superfície até o interior, desde a frequência de piscadas, até a circulação da retina. A ascensão do mundo virtual e o aumento da exposição em frente às telas podem levar a intensificação dos casos de miopia no mundo. Além disso, os sintomas relacionados aos olhos secos e a doenças da superfície ocular cresceram.
Já as lágrimas mostram muito mais que as emoções. Além de serem um fluido que hidratada, elas também nutrem e protegem.
Os olhos também funcionam, como reguladores. O espectro de luz das telas antes de dormir afeta o relógio interno e altera o ciclo circadiano — ritmo de realização de funções do organismo. Ou seja, desempenham um papel no corpo, mais precisamente, no sistema psico-neuro-imuno-endocrinológico, quatro palavras que estão presentes quando o oftalmologista examina os olhos.
Por outro lado, a tecnologia de hoje aproxima cada vez mais o que antes parecia ficção. Equipamentos sofisticados para diagnóstico precoce, sistemas a laser de alta precisão para corrigir problemas visuais e lentes que são colocadas dentro do olho para enxergar melhor. O ‘olho biônico’ parece estar mais próximo e a visão artificial está conectando a realidade com o presente.
A oftalmologia argentina tem prestígio internacional, profissionais que viajam e se especializam e que recebem visitantes estrangeiros de todo o mundo. O prestígio histórico das ciências médicas no país continua.
De forma resumida, os olhos são mais do que câmeras. Eles cumprem várias funções, além de fornecer a capacidade de capturar e processar informações de luz que transmitirão ao cérebro, onde a visão realmente ocorre. Não é preciso dizer que vemos com o cérebro. Por esta razão, talvez, o que a história conta sobre Santa Lúcia continuar a ver depois que seus olhos foram removidos, se baseie um pouco nisso.
Por isso, não devemos esquecer a importância de fazer uma consulta de rotina com o oftalmologista.