James Bond está de volta. Em “007 Contra Spectre”, em cartaz nos cinemas, o agente secreto britânico (Daniel Craig) se une a antigos parceiros de espionagem para deter uma rede criminosa liderada pelo misterioso Oberhauser (Christoph Waltz), vilão ligado ao passado do protagonista.
O charme feminino fica por conta da atriz italiana Monica Bellucci e da francesa Léa Seydoux. “Senti como se fosse a primeira vez”, diz o ator, sobre sua quarta e derradeira vez na pele do espião. Depois de “Spectre”, o galã britânico deve ser substituído por outro superastro. As apostas são muitas: Hugh Jackman, Idris Elba e Henry Cavill estão entre os favoritos. Mas isso são apenas especulações. Por enquanto, Craig reina absoluto nas telas como o agente infalível.
O filme vai se inserir no panteão dos filmes de Bond?
Daniel Craig – O excesso de confiança é o inimigo do cinema. Dizer: “Sim, nós temos um grande filme”, seria tolice. Mas, com “007 Contra Spectre”, creio que fizemos o melhor que podíamos. Sam Mendes (o diretor) é ótimo. Nós não poderíamos estar em melhores mãos.
Qual foi o desafio particular desse trabalho?
Craig – Todos os dias, nós olhávamos para o roteiro e dizíamos: “Ok, isso é bom. Podemos tornar isso melhor?”. A gente trabalha no roteiro no set com os demais atores, e vivíamos tentando melhorar as coisas o tempo todo.
Os filmes recentes da série parecem mergulhar no passado de Bond e na sua história pregressa, o que nunca foi realmente feito antes. Como você se sente com relação a isso?
Craig – Eu não estava bem certo, de início, mas estou muito satisfeito com a forma como as coisas saíram. Eu tive uma conversa com o Sam, que me disse: “Você estrelou ‘Cassino Royale’ e, em seguida, ‘Quantum of Solace’, numa narrativa direta”. Então, quando surgiu “007 – Operação Skyfall”, nós pensamos: “O que mais aconteceu em seu passado?”. E isso realmente enriqueceu a história. Parecia certo continuar dali. A cada título, Bond é afetado por aquilo que veio antes, então, é bom explorar isso.
Seu James Bond é muito diferente dos anteriores. Presumivelmente, você teve um grande envolvimento nisso?
Craig – Eu sou um grande fã de James Bond. E quando eu fiz “Cassino Royale”, se me tivessem apresentado um roteiro contendo muitas gags e piadas, eu teria dito: “Não, eu não posso fazer este filme, porque isso não é para mim. Eu não sei fazer isso. Eu não sei fingir ser outra pessoa ou imitar alguém”. Felizmente, não foi assim. Era muito despojado.
Sente pressão para repetir o sucesso de bilheteria de “Skyfall”?
Craig – Na verdade, não, porque, como você faz isso? Você estaria perseguindo o próprio rabo. O sucesso foi incrível, embora eu realmente não entenda o que os números significam.
Como você se sente com relação ao personagem depois de interpretá-lo quatro vezes?
Craig – Senti como se fosse a primeira vez. Sam e eu chegávamos ao set e discutíamos: “Isso é o melhor que podemos fazer? É isso que nós queremos aqui?”. Eu disse: “Eu não estou lidando com quaisquer problemas de produção. Não estou lidando com qualquer outra coisa”. Foi um trabalho maravilhoso para um ator.
Confira o trailer do filme: