A decisão do Ministério da Fazenda de não antecipar metade do pagamento do 13 salário de 32 milhões de beneficiários da Previdência abriu uma guerra interna na Esplanada.
Ministros do PT e a própria cúpula do partido entraram em cena para tentar demover a presidenta Dilma Rousseff de acatar a decisão.
Uma ala do governo buscava garantir para setembro o pagamento de parte do 13, já que a folha de agosto foi fechada e rodar outra geraria mais custo.
O argumento é que é injusto adotar uma medida como essa sem ter informado os beneficiários com uma antecedência razoável. Há nove anos, a antecipação de parcela do abono, não obrigatória, é feita em agosto.
Em razão disso, a presidenta pediu à sua equipe econômica estudos para uma possível alternativa.
Não há dinheiro em caixa
A ala contrária à medida argumenta que o pagamento terá de ser feito em dezembro de qualquer forma e, por isso, não há sentido econômico de uma pauta com tanto desgaste, pois o impacto fiscal é o mesmo.
A crítica foi feita na segunda-feira, por ministros e líderes partidários. O ministro da Fazenda, Joaquim Levy, defendeu a decisão dizendo que, neste momento, não há dinheiro em caixa para bancar a antecipação do pagamento, que não é obrigatório. (Folhapress)
