A defesa do ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto apresentou as alegações finais em um processo da 17ª fase da Operação Lava-Jato a qual ele responde. Os advogados pedem que o cliente seja absolvido e relatam falta de provas por parte do MPF (Ministério Público Federal).
“Em suas alegações finais, o MPF justifica a dificuldade de se provar delitos como os apontados neste processo e passa a construir raciocínio perigoso ao Estado Democrático de Direito, quando sustenta que, mesmo sem prova cabal de materialidade e autoria, dever-se-ia condenar”, argumentam os advogados.
Os juristas sustentam ainda que Vaccari virou alvo de delatores da Lava-Jato por ser ex-tesoureiro do PT. Ele está preso no Complexo Médico-Penal em Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba. Essa etapa da operação foi batizada de Pixuleco. O documento da defesa foi protocolado no sistema da Justiça Federal na terça-feira (19). As alegações finais são a última etapa na tramitação dos processos, antes da sentença do juiz.
Entre os crimes citados nessa ação penal estão corrupção passiva e ativa, lavagem de dinheiro, organização criminosa e fraude processual. Na 17ª fase da Lava-Jato, os investigadores focaram em irregularidades de contratos com empresas terceirizadas, contratadas pela diretoria de Serviços da Petrobras, que pagavam uma prestação mensal para José Dirceu através de Milton Pascowitch – lobista e um dos delatores da Lava-Jato. Para o MPF, Dirceu, que também é réu nesse processo, enriqueceu dessa forma. (AG)
