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Delator diz que Aécio Neves recebeu 80 milhões de reais para campanha e que o dinheiro era guardado em uma mochila pelo primo do tucano

Em discurso, em 2014, o senador Aécio Neves (PSDB-MG). (Foto: Jane de Araújo/Agência Senado)

Em delação ao Ministério Público, o diretor de Relações Institucionais e de Governo da JBS, Ricardo Saud, relatou, no último dia 7, que o grupo pagou para a campanha do então candidato do PSDB à Presidência, Aécio Neves (PSDB). Principal braço direito de Joesley Batista, dono da JBS, nas negociações com políticos do governo ou da oposição, Saud não deu detalhes sobre a forma do repasse ao tucano, mas disse que as “questões” eram na maioria das vezes “ilícitas”.

O delator contou que Joesley sempre “correu” do candidato. “Ele [Aécio] continuou pedindo mais dinheiro após a campanha”, relatou. Saud ainda contou que um homem de prenome Fred era o interlocutor de Aécio para receber o dinheiro, sempre em shopping center movimentado.

O dinheiro era guardado por Fred numa mochila de cor preta. Uma pessoa próxima de Aécio conhecida por Fred é o primo dele Frederico Pacheco de Medeiros, preso no âmbito das investigações. O delator ainda contou que pagava “propina” a dois intermediários de Eduardo Cunha, Altair e Lúcio Funaro. (Leonencio Nossa/AE)

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