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Demanda fraca já limita alta de preços: estabelecimentos têm dificuldade de repassar aos clientes os aumentos de custos

Eulina Nunes, coordenadora de Índices de Preços do IBGE. (Foto: Divulgação)

Em meio ao cenário de recessão econômica, a demanda mais fraca já começa a contribuir para limitar o aumento dos preços ao consumidor. Dois itens que mostram bem o arrefecimento da demanda são as passagens aéreas, cujas tarifas recuaram 10,85% em março, e a refeição fora de casa, que subiu 0,55% no mês, enquanto a alimentação no domicílio avançou 1,61%.

Os dados são do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo, divulgados pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). “No mês de março, já se mostra o impacto da demanda, do desemprego, da falta de dinheiro mesmo da população, no sentido de cumprir a oferta dos produtos. No caso da alimentação fora de casa, os estabelecimentos já se mostraram reduzindo suas taxas de crescimento de preços. Esse é um exemplo clássico de redução de demanda com reflexo sobre o preço”, afirmou Eulina Nunes dos Santos, coordenadora de Índices de Preços do IBGE.

Em relação à refeição fora de casa, os aumentos menores vêm da dificuldade de comerciantes repassarem as elevações de custos que tiveram. A coordenadora do instituto explica que o País viveu no ano passado uma inflação de custos, devido ao aumento de itens administrados, como a energia elétrica, transportes e combustíveis. (Daniela Amorim/AE)

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