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Depois de dois invernos com fronteiras fechadas para brasileiros, estações de esqui de Chile e Argentina se preparam para nova temporada

Viagens a países da América Latina como o Chile e Peru estão mais em conta em função do câmbio favorável. (Foto: Divulgação)

Após dois anos fechadas por causa da pandemia de covid, as principais estações de esqui de Argentina e Chile reabrem suas pistas entre junho e julho e permanecem até setembro e outubro. Algumas incrementaram seus serviços de pista, com novas escolinhas e teleféricos. Outras viram hotéis e restaurantes sendo inaugurados.

“A expectativa para esta temporada está muito grande. Tudo indica que teremos, ao final, números até mesmo superiores aos anos pré-pandemia”, projeta Guilherme Ishikawa, diretor de Produtos e Marketing da agência Sete Mares Turismo.

Ele alerta que, para muitos destinos, como Bariloche ou as estações próximas a Santiago, já está difícil encontrar vaga em quartos de hotéis e voos para o mês de julho:

“Há um número enorme de remarcações de quem comprou pacotes nos últimos dois anos e ainda não pode usar. Por isso, recomendo a quem tiver flexibilidade que procure ir em agosto. É menos concorrido, fora do período de férias escolares.”

Mais voos, menos regras

Ao menos do lado argentino, a conectividade aérea será reforçada. Entre julho e setembro, a Aerolíneas Argentinas terá uma série de voos extras conectando o aeroporto de Guarulhos a destinos de neve. Para Bariloche, serão sete voos diretos semanais (com saídas diárias e noturnas às terças, quintas e domingos). Haverá ainda mais dois voos para Ushuaia e dois para San Martín de los Andes, a grande novidade da temporada.

Em termos de controle de entrada de viajantes, houve grande flexibilização por parte das autoridades argentinas e chilenas. Nenhum dos dois países exige mais apresentação de comprovante de vacina ou teste negativo, mas os turistas ainda devem preencher os formulários com informações sanitárias e contratar seguros de viagem com cobertura para covid.

Uma boa notícia recente foi a reabertura das fronteiras terrestres do Chile, que estavam fechadas até 1º de maio. Isso permite, por exemplo, a travessia entre Mendoza e a região de Santiago, conectando algumas importantes estações de esqui da região, entre tantas outras rotas tradicionais.

Cerro Catedral

O mais brasileiro dos destinos de esqui, Bariloche terá pistas abertas do começo de julho ao final de setembro. Quem não não esteve na cidade nos últimos tempos poderá conhecer algumas de suas novidades, como o restaurante Almado, com vista espetacular para o Lago Nahuel Huapi. Já a estação de Cerro Catedral, a maior da Argentina, ganhou um novo teleférico quádruplo e ampliou o número de pistas.

Cerro Bayo

Na margem oposta do Nahuel Huapi fica a tranquila e charmosa Villa la Angostura, considerada uma porta de entrada melhor para o esqui, já que sua estação, Cerro Bayo, tem um número maior de pistas para iniciantes. A temporada vai de julho a final de agosto.

Chapelco

Seguindo pela cênica Rota dos Sete Lagos, chega-se a San Martín de los Andes, base para Chapelco, a melhor estação de inverno da Argentina, segundo o prêmio World Ski Awards de 2021. Ela tem pistas mais curtas e uma ótima estrutura para quem quer apenas aproveitar o visual tomando um bom tinto nacional.

Cerro Castor

Fora da “Grande Bariloche”, duas estações de esqui se destacam no cenário argentino. No extremo sul do continente, Cerro Castor tem as pistas mais austrais do planeta – como tudo, aliás, que fica em Ushuaia, na Terra do Fogo. Entre suas peculiaridades, a que mais chama a atenção é o fato de ter uma pista de patinação no gelo, a única do país. Sua localização favorece a produção de neve e permite a temporada mais longa de todas, de final de junho a meados de outubro.

Las Leñas

Nos arredores de Mendoza, Las Leñas é a principal opção para quem quer combinar neve com os melhores vinhos do país. A montanha é muito popular entre praticantes experientes, graças às opções de esqui fora de pistas e também à noite, sob o céu estrelado.

Valle Nevado

Do lado “de lá” da Cordilheira dos Andes, a capital Santiago funciona como base para explorar algumas das melhores estações de esqui do Chile. A 60 quilômetros de distância, a de Valle Nevado é a maior do país, com 30 pistas e nove linhas de teleféricos. Para quem não faz bate e volta, há três hotéis na base da montanha e restaurantes bem avaliados, como o Valle Lounge e Bajo Zero. A temporada vai de 17 de junho até o final de setembro.

Portillo

Já Portillo fica mais distante (140 quilômetros) de Santiago, o que é bom, já que obriga o visitante a pelo menos pernoitar no clássico edifício amarelo do hotel da estação, e, claro, arriscar um mergulho em sua cinematográfica piscina aquecida ao ar livre.

Nevados de Chillán

A 400 quilômetros de Santiago, perto da cidade de Concepción, Nevados de Chillán combina descidas radicais com relaxantes banhos em águas termais. Quem vai com criança pode aproveitar a nova escolinha infantil, com direito a magic carpet, a esteira que ajuda na subida das pistas. Lá, há esqui até o final de setembro.

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