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Deputada federal Bia Kicis pretende colocar em votação projeto para acabar com “ativismo judicial” do Supremo

Presidente se reuniu com Tarcísio de Freitas, candidato ao governo de São Paulo, Bia Kicis, deputada reeleita pelo Distrito Federal. (Foto: Cleia Viana/Câmara dos Deputados)

Cotada para comandar a CCJ (Comissão de Constituição e Justiça), a principal da Câmara dos Deputados, a ex-procuradora da República e deputada federal Bia Kicis (PSL-DF) pretende colocar em votação um projeto para acabar com o que ela chama de “ativismo judicial”.

“Não quero o STF interferindo nas minhas funções de parlamentar”, afirmou Bia em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo. Ela é alvo de um inquérito no STF (Supremo Tribunal Federal) sob suspeita de organizar atos antidemocráticos no ano passado.

A parlamentar contou já ter conversado com o deputado Sóstenes Cavalcante (DEM-RJ), um dos líderes da bancada evangélica na Câmara, autor de um projeto que inclui na lista dos crimes de responsabilidade a “usurpação de competência do Congresso Nacional” por parte de ministros do Supremo. A proposta está parada na CCJ desde 2016.

Uma das principais apoiadoras do atual governo, a deputada tem a bênção do novo presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), para ser a primeira mulher da história a comandar a CCJ. O colegiado deve ser retomado após o carnaval, depois de ficar um ano parado devido à pandemia de coronavírus. Embora formalmente haja eleição para o comando da comissão, o nome do presidente é definido previamente por acordo.

Ela afirmou ainda que suas as prioridades à frente da CCJ devem ser a reforma administrativa, enviada pelo governo à Câmara no ano passado, as pautas de costumes, como o ensino doméstico (homeschooling), e projetos que barrem a obrigatoriedade da vacinação contra a Covid-19.

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