O deputado federal Vinicius Gurgel (PR-AP), que na terça-feira comparou o Conselho de Ética da Câmara dos Deputados a uma “suruba”, tem um histórico de polêmicas e repercussões negativas no Amapá. O parlamentar ocupa o segundo mandato no Congresso Nacional. Em comunicado enviado na tarde de quarta-feira, ele explicou que a “declaração ocorreu para garantir a palavra do líder do partido, Wellinton Roberto (PB), após uma discussão sobre a participação do deputado pernambucano no Conselho”.
Gurgel igualmente ressaltou que não teve a intenção de ofender os parlamentares do colegiado e não quis ferir a conduta estabelecida pelo Regimento Interno da Casa. “Respeito muito o trabalho desenvolvido pelo Conselho de Ética e não quis denegrir a imagem deste órgão tão importante dentro do parlamento brasileiro”, afirmou.
A declaração no conselho, mesmo em tom irônico, foi repreendida pelo presidente do colegiado, José Carlos Araújo (PSD-BA), que solicitou que a fala do amapaense seja retirada do registro oficial da Casa. O Conselho de Ética se reuniu para discutir parecer do deputado Marcos Rogério (PDT-RO) pela continuidade do processo de cassação do peemedebista. A sessão terminou, no entanto, sem que o relatório fosse votado. (AG)