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Deputados dizem ser contra o afastamento de Eduardo Cunha da presidência da Câmara

Lobista afirmou que pagou 5 milhões de dólares em propina a Eduardo Cunha (Foto: André Coelho/AG)

A maioria dos deputados que lideram as bancadas de seus partidos na Câmara declara ser contra o afastamento do presidente da Casa, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), mesmo se o STF (Supremo Tribunal Federal) abrir um processo contra ele devido à suspeita de que teria recebido propina do esquema de corrupção na Petrobras.

Segundo o jornal Folha de S.Paulo, que ouviu 20 dos 22 líderes das maiores bancadas da Casa, eles também dizem não ver motivo para que outros colegas investigados pela Operação Lava-Jato respondam a processo de cassação no Conselho de Ética. Desde que o lobista Júlio Camargo afirmou que pagou 5 milhões de dólares em propina a Cunha, alguns parlamentares têm pedido seu afastamento do comando da Casa.

“Não tem sentença ainda. Pode não dar em nada. E aí, como faz?”, disse Sibá Machado (AC), líder da bancada do PT, partido hoje em pé de guerra com Cunha. “Entendo que o presidente Eduardo Cunha deve exercer plenamente suas atribuições constitucionais e ter garantido seu direito à ampla defesa”, reforçou Rogério Rosso (PSD-DF).

Apenas o PSOL e o PPS defendem o afastamento do peemedebista da presidência da Câmara. “Vou questionar na reunião de líderes a situação do presidente em relação às denúncias gravíssimas que surgiram”, afirmou Chico Alencar (PSOL-RJ). Com o fim do recesso de julho, o Congresso retoma os trabalhos nesta semana. (Folhapress)

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