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Deputados e Ministério Público Federal defendem punição para donos das mineradoras e fiscais

Lama vinda da barragem rompida ameaça o litoral do Espírito Santo. (Foto: Divulgação)

Deputados e representantes do Ministério Público Federal de Minas Gerais e do Espírito Santo começaram a apertar o cerco aos possíveis responsáveis pela tragédia de Mariana (MG), onde o rompimento de uma barragem da mineradora Samarco – controlada pela Vale e pela anglo-australiana BHP – despejou 62 milhões de metros cúbicos de rejeitos de minério de ferro no rio Doce.

O deputado capixaba Enivaldo dos Anjos (PSD) insistiu no pedido de “prisão imediata” dos donos das empresas e os fiscais. Junto com uma comissão de 16 parlamentares, ele vai percorrer, a partir da semana que vem, mais de 1 mil quilômetros, visitando as regiões onde a tragédia dizimou, de forma irreversível, milhares de espécies da fauna e da flora, e provocou a morte de ao menos oito pessoas e o desaparecimento de 11.

O Tribunal de Justiça do Espírito Santo confirmou que o presidente da Samarco, Ricardo Vescovi de Aragão, obteve habeas corpus preventivo, que o livra de uma prisão. “Se estivéssemos em um país sério, os responsáveis pela Samarco e pela Vale, assim como os fiscais que deixam bombas-relógio como as que explodiram funcionarem, de forma ilegal, já estariam presos. São criminosos. Deveriam estar atrás das grades”, declarou Enivaldo, sugerindo que todos os diretores de órgãos ambientais peçam demissão.

O Ministério Público Federal informou que já iniciou o levantamento dos nomes dos principais executivos que poderão responder pela tragédia. Estariam na mira da Justiça, por exemplo, além de Vescovi, Andrew Mackenzie, diretor operacional da BHP, e Murilo Ferreira, diretor-presidente da Vale. (AD)

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