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Deputados querem afastar Romero Jucá do comando do PMDB

Investigado na Lava-Jato, Jucá preside o PMDB desde abril de 2016 (Foto: Charles Sholl/Futura Press/Folhapress)

Dizendo-se irritado com a condução que Romero Jucá (RR) vem dando ao PMDB, um grupo de deputados da legenda redigiu um documento em que exige o afastamento de alvos da Operação Lava-Jato do comando do partido. Investigado na operação, Jucá preside o PMDB desde abril de 2016, quando o atual presidente da República, Michel Temer, licenciou-se do comando da sigla.

Os parlamentares também ameaçam uma debandada em massa durante a janela partidária que antecede as eleições do ano que vem. Uma “Carta ao PMDB” será entregue a Jucá na quarta-feira (08), data da reunião da Executiva Nacional do partido.

Idealizador do documento, o deputado Carlos Marun (PMDB-MS) diz que a carta não é contra Jucá e que atingiria também outros alvos da Lava-Jato, como o ministro Moreira Franco (Secretaria-Geral), presidente da Fundação Ulysses Guimarães, e o presidente do Senado, Eunício Oliveira (CE), tesoureiro do partido.

“A direção do partido deve estar isenta”, diz Marun, que espera adesão de metade da bancada. A principal queixa dos deputados em relação a Jucá reside no uso do fundo partidário, principal financiador das disputas eleitorais.

Deputados querem que Jucá defina como o dinheiro será usado em 2018 e exigem mais dedicação à legenda. Homem forte do governo Temer, Jucá tem grande influência no Ministério do Planejamento, é líder do governo no Congresso e pode assumir a liderança no Senado.

Os parlamentares também acusam Jucá de gastar com despesas desnecessárias. “O que os parlamentares querem é transparência, abrir a caixa-preta do partido. Soubemos que houve contratos com uma agência publicitária de gastos absurdos, compra de mobiliário”, afirma o deputado João Arruda (PMDB-PR), vice-presidente nacional da legenda. Procurado, Jucá não se manifestou até o início da noite de sexta-feira (03). (Folhapress)

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