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A desigualdade diminui, mas a renda de negros ainda é metade da renda de brancos no Brasil

Levantamento com base em dados da Receita Federal mostra que, em 2016, as famílias com renda mensal acima de 20 salários mínimos abocanhavam 38% da renda nacional. (Foto: Fábio Motta/AE)

 

Em 10 anos, as desigualdades sociais relacionadas a etnia, gênero e situação de domicílio (urbano ou rural) diminuíram no País. Apesar disso, o Brasil ainda apresenta muitos contrastes entre a sua população – a exemplo dos negros, cuja renda média ainda é metade da dos brancos. É o que aponta um estudo do Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada) com a FJP (Fundação João Pinheiro) e com o Pnud (Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento), divulgado nesta quarta-feira (10).

O estudo analisa o IDHM (Índice de Desenvolvimento Humano Municipal) e outros 170 dados socioeconômicos por cor, sexo e situação de domicílio dos anos censitários de 2000 e 2010 para mostrar como a vida dos brasileiros mudou ao longo da década.

Os dados mostram melhores resultados para brancos, para homens e para a população urbana. No Brasil, somente em 2010 o IDHM dos negros se aproximou ao índice dos brancos medido 10 anos antes.

Em relação à diferença de ganhos entre brancos e negros, em 2010, a renda domiciliar per capita média da população branca era mais que o dobro da verificada para a população negra: 1.097 reais ante 508,90 reais.

 

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