Na lista de metas para 2016, organizar a vida financeira será uma das prioridades para boa parte dos brasileiros. Segundo uma pesquisa da Boa Vista SCPC, 59% da classe C e 31% da classe B estão inadimplentes. Para ajudar a alcançar o objetivo de eliminar as dívidas, listamos dez dicas de especialistas de como entrar ou se manter com as contas em dia.
Mauro Calil, fundador da Academia do Dinheiro e autor do livro “Separe uma Verba para Ser Feliz”, diz que os problemas mais comuns de quem tem uma vida financeira caótica são a falta de consciência sobre o uso do dinheiro e a crença de que basta ter uma renda maior para solucionar a falta dele. “Muitos leitores mudaram a percepção de que pequenos gastos são inofensivos [anote até as despesas com cafezinhos]. Fico feliz de ver que passaram a realizar mais, gastando menos.”
Segundo o site Investmania, para evitar a compra de supérfluos, a dica é deixar os cartões em casa. Vale quitar débitos com juros maiores, como o cheque especial, pegando um consignado, com taxa menor. Deve-se, ainda, reunir as crianças para falar dos objetivos para o ano que se inicia. Eles devem saber quais são os gastos e o rendimento real da família. Confira mais sugestões:
- Faça uma “faxina” financeira no orçamento, com o objetivo de diagnosticar a atual situação das contas e dividir o que fazer com o 13 salário, caso você ainda não tenha usado todo o abono.
- Certifique-se, mesmo estando no azul, de que vai conseguir pagar as compras que fez no fim de 2015, cujas parcelas se arrastarão por este ano, somando-se aos gastos extras com impostos e escola.
- O endividamento é um problema que tem de ser resolvido com o próprio salário. Ou seja, com a redução dos gastos.
- Quando é necessário entrar em um financiamento para a realização de determinados sonhos que não são acessíveis de outra forma, é importante avaliar se as parcelas, de fato, caberão no orçamento.
- Faça escolhas que estejam dentro de seu padrão de vida. Caso as condições não permitam, procure outras opções mais prazerosas e de menor valor.
- Antes de ir compulsivamente às compras, faça um diagnóstico de sua situação financeira. Relacione todas as despesas fixas e variáveis para descobrir o comprometimento de seus ganhos com as dívidas.
- Investigue para onde está indo cada centavo. Só assim conseguirá saber quais são os supérfluos que podem ser eliminados.
- Quem está em uma situação mais confortável, de equilíbrio financeiro, mas ainda não tem o hábito de poupar, pode aproveitar o 13 salário para iniciar uma reserva e manter a prática de poupar.
- Para quem tem perfil de investidor, o 13 salário é uma oportunidade de incrementar o investimento. Metade pode ser destinada a uma aplicação que a pessoa já tenha, e os outros 50% podem servir para planejar sua independência financeira, investindo, por exemplo, em previdência privada.
- Início de ano é tempo de fazer planos. Defina três sonhos prioritários que tenham diferentes prazos: curto (até um ano), médio (dez anos) e longo (acima de dez anos). Esses serão fatores de motivação.