Dezoito migrantes foram encontrados mortos em um caminhão abandonado na entrada de Sofia, capital da Bulgária. Eles estavam na caçamba de um caminhão, que, segundo a polícia, estava trancada por fora. A hipótese da polícia é a de que eles morreram por asfixia.
Nos últimos meses, o país dos Bálcãs vem recebendo um fluxo de pessoas sem precedentes desde a crise migratória de 2015 na Europa. O Ministério do Interior da Bulgária afirmou que as hipóteses apontam para que o veículo estivesse transportando imigrantes de forma ilegal. A pasta afirmou que havia 40 pessoas no total dentro do caminhão – as outras 12 foram hospitalizas, dez delas em estado grave.
“Segundo os primeiros indícios, o veículo transportava ilegalmente cerca de 40 migrantes escondidos debaixo madeiras”, anunciou o Ministério.
A causa das mortes ainda é desconhecida, mas a polícia firmou que o interior do veículo tinha pouco oxigênio quando oficiais abriram a porta. A hipótese de um acidente na estrada foi descartada.
O caminhão estava abandonado a 20 quilômetros da entrada de Sofia quando foi encontrado, na sexta-feira (17), pelos policiais.
Através de investigações preliminares, a polícia já deteve três pessoas suspeitas de ter envolvimento com o caminhão, segundo anunciou o chefe do serviço de investigação da polícia local, Borislav Sarafov.
Outros casos – Esta não é a primeira vez em que migrantes são encontrados trancados dentro de caçambas de caminhões.
No ano passado, em um dos casos mais mortais na fronteira entre México e Estados Unidos, a polícia do Texas encontrou 50 migrantes mortos também em um caminhão abandonado no estado. A tsuspeita é de que eles morreram por hipotermia – termômetros registravam mais de 39ºC na região.
Nesta semana, mais de 30 migrantes que tentavam chegar aos Estados Unidos morreram quando o ônibus em que estavam despencou de um penhasco no Panamá.
Refugiados na Alemanha
A Alemanha enfrenta uma enorme crise de refugiados, já que uma enxurrada de ucranianos tem chegado ao país em busca de segurança. Segundo autoridades, a escala da crise é ainda maior do que a de 2015-2016, quando quase 1 milhão de pessoas procuraram asilo na maior economia da Europa.
“O problema atualmente é maior do que durante o pico de 2016”, disse Reinhard Sager, chefe da Associação dos Distritos Alemães, ao explicar que os ucranianos que chegam se somam ao muitos imigrantes de outros países e daqueles que vieram na onda se 2015-2016.
“O clima no país ameaça piorar”, disse Peter Beuth, ministro do Interior do Estado de Hesse. Ele pediu a Berlim que faça mais para reduzir o número de migrantes, acelerando a deportação para seus países de origem dos que têm seus pedidos de asilo rejeitados.
As advertências foram feitas no encerramento de uma cúpula sobre refugiados em Berlim, convocada para tratar do número crescente de pedidos de ajuda de vilas e cidades de todo o país – pressionadas pelo fluxo de migrantes.
A reunião foi realizada depois que a agência federal de estatísticas divulgou dados que mostram que a imigração líquida da Ucrânia em 2022 foi maior do que a de Síria, Afeganistão e Iraque entre 2014 e 2016 – o auge da crise dos refugiados.