As equipes de Saúde que atuaram no sábado (13), Dia Nacional de Mobilização ao Aedes aegypti, vetor dos vírus da dengue, zika e chikungunya, alcançaram 82% da meta de 47.403 de residências visitadas. Nesses locais, foram identificados 3.479 criadouros de mosquitos.
Os dados foram divulgados na tarde desta segunda-feira (15) pelo prefeito José Fortunati e o secretário de Saúde, Fernando Ritter.
A ação, que reuniu as forças armadas e as equipes de saúde do município, do Estado, e do Grupo Hospitalar Conceição, aconteceu durante todo o dia de sábado e terá continuidade até que a totalidade de endereços seja concluída.
De início, 11 bairros haviam sido definidos conforme a confirmação de casos de dengue e de armadilhas positivas para o vírus. O bairro Vila Nova foi incluído no sábado, em função da confirmação de cinco casos autóctones de dengue (contraídos no próprio local). Foram cerca de 450 profissionais da saúde, além de voluntários e da presença do Exército.
O prefeito lembrou que aguarda, o mais breve possível, a apreciação do projeto de lei que tramita da Câmara Municipal, autorizando o ingresso de agentes em imóveis particulares fechados e sem habitação, para o combate a endemias. O projeto já tramitou pelas comissões, recebendo parecer favorável de todas, restando apenas entrar na ordem do dia para votação em plenário.
Entre os dados divulgados, também foram listados os resultados do Levantamento Rápido do Índice de Infestação por Aedes aegypti realizado entre 25 de janeiro e 3 de fevereiro na Capital. Com visita a 7.569 imóveis, em bairros onde não é realizado o monitoramento com armadilhas, foram identificados 200 criadouros com larvas do mosquito Aedes aegypti, em 175 imóveis da cidade. Os resultados mostraram Índice de Infestação Predial médio da cidade de 2,3%, condição essa que é considerada de médio risco, de acordo com o Ministério da Saúde.
Os bairros que registraram índices de infestação considerados de alto risco (acima de 3,9%) foram Independência, Moinhos de Vento, Mont´Serrat, Bela Vista, Auxiliadora, Bom Fim, Santa Cecília, Rio Branco, Jardim Botânico, Petrópolis, Rubem Berta, Camaquã, Vila Assunção, Tristeza, Vila Conceição, Hípica, Pedra Redonda, Espírito Santo, Guarujá e Serraria.
Criadouros
Em relação aos tipos de criadouros, os mais perigosos são os residenciais, como baldes, potes e frascos, que corresponderam a 35% dos locais com larvas. Os pratinhos que ficam embaixo dos vasos de plantas corresponderam a 18,5% dos recipientes. Os ralos de águas da chuva representam 18% dos criadouros. Para esse tipo de local, a orientação é utilizar tela milimétrica ou aplicar produtos como sal de cozinha ou água sanitária, semanalmente. Outro local onde foram encontradas larvas dos mosquitos foram nas bromélias, com 9,5% de ocorrência neste levantamento.
A recomendação é de que a população mantenha o controle dos recipientes que possam acumular água na sua residência e local de trabalho. “Queremos também alertar a população que, ao menor sintoma das doenças transmitidas pelo Aedes, procure atendimento. Nosso sistema de Saúde está pronto para receber o cidadão”, disse Fernando Ritter. O secretário informou que as ações continuarão nos próximos dias. “Agradecemos a todas as secretarias envolvidas nessa ação. Nesta semana, o DMLU está engajado no mutirão de retirada de lixo”, destacou.
Aedes aegypti
O mosquito está bem adaptado às zonas urbanas, mais precisamente ao domicílio humano, onde consegue reproduzir-se e pôr os seus ovos em pequenas quantidades de água limpa, isto é, pobres em matéria orgânica em decomposição e sais (que confeririam características ácidas à água), que preferivelmente estejam sombreados e no peridomicílio.
