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Digitar no celular e dirigir é como fechar os olhos durante 100 metros, diz pesquisa da Universidade de Brasília

O percentual é ainda maior para os motoristas com idade entre 18 e 21 anos residentes na Região Sudeste do País. (Foto: Reprodução)

Dirigir e digitar no celular é como dirigir “às cegas”, a afirmação é do professor de epidemiologia dos acidentes de trânsito da UnB (Universidade de Brasília), David Duarte. De acordo com o pesquisador, as pessoas ficam com o olhar na tela do aparelho, no mínimo, 5 segundos. Nesse tempo, é como se estivessem de olhos fechados.

Duarte fez uma pesquisa sobre o assunto com 1.197 alunos que possuem carteira de habilitação. O trabalho revelou que, nos últimos três meses, 63,9% dos estudantes mexeram no celular enquanto dirigiam, 56,7% falaram ao celular enquanto estavam ao volante e 45% levaram um susto no trânsito porque estavam mexendo ou falando ao celular. “O susto é a ante sala do acidente, um quase acidente”, explica o professor.

De acordo com o Detran-DF, desde 2015, usar o celular ao volante é uma das infrações mais flagradas na capital. De janeiro a abril deste ano, 21.650 motoristas foram multados em Brasília porque usavam o aparelho. No mesmo período, em 2016, foram 19.251 multas e em 2015, 18.800.

Segundo Sá, a investigação começou na Delegacia de Roubos e Furtos de cargas com a morte de um policial. “Quantas mortes não estamos evitando com essa apreensão?”, questionou. Posteriormente, Marcelo Martins, diretor de delegacias especializadas, explicou que a arma usada no assassinato do policial em São Gonçalo, na Região Metropolitana do Rio, também foi usada num roubo de cargas. A partir do levantamento da origem da arma, começou a investigação que culminou na apreensão desta quinta.

 Ainda de acordo com Sá, nos últimos 150 dias, 250 fuzis apreendidos no Rio de Janeiro. “Os últimos 90 (60 desta quinta mais 32 da Cidade Alta em maio) sem disparar um tiro”, observou.
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