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Dilma achou “justa” a decisão sobre o afastamento de Eduardo Cunha da Câmara dos Deputados

Dilma e Cunha (Foto: Reprodução)

A presidenta Dilma Rousseff tomou conhecimento da decisão do ministro do STF (Supremo Tribunal Federal), Teori Zavascki, de afastar Eduardo Cunha do cargo de deputado federal  e, consequentemente, do comando da Câmara, minutos antes de embarcar para cumprir agendas no Pará.

Ao lado do ministro-chefe do gabinete pessoal da Presidência, Jaques Wagner, Dilma se mostrou satisfeita com a decisão que “obviamente achou justa”. A análise preliminar é que a liminar mostra que não há dois pesos e duas medidas no Supremo, já que é uma “decisão correta em relação a uma pessoa que é réu”

No entanto, para alguns interlocutores da presidente, a decisão “demorou demais para ser tomada” e pode, inclusive, embasar questionamentos a respeito da condução do processo do impeachment da presidente na Câmara.

No Palácio do Planalto todos evitam comemorações, já que ainda é preciso esperar a decisão do Plenário do STF. Além disso, há receio em relação à reação de Cunha “que não vai cair sozinho, vai cair atirando” e usar de todos os meios possíveis para tentar reverter a decisão.

Relator do caso Lava-Jato no STF, o ministro Teori Zavascki atendeu ao pedido da PGR (Procuradoria-Geral da República) feito em dezembro passado. Na peça, o ministro descreve 11 situações apontadas pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, que embasam o pedido de afastamento. Em síntese, Janot sustentava que os elementos demonstram que Cunha “transformou a Câmara dos Deputados em um balcão de negócios e o seu cargo de Deputado Federal em mercancia, reiterando as práticas delitivas”.

Está prevista para a tarde desta quinta-feira (05), a sessão do julgamento da ação protocolada pela Rede Sustentabilidade que pede o afastamento de Cunha. O ministro Teori pretende levar a decisão tomada nesta madrugada para ser referendada pelo plenário da Corte. (AE) 

 

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