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Dilma defende que meta fiscal deste ano seja “realista”

Segundo assessores, Dilma avalia que o mais importante é definir para a meta fiscal um valor que passe "credibilidade" e que não cause "desgaste" ao governo (Foto: Ueslei Marcelino/Reuters)

Apesar de afirmar que seu objetivo é manter a meta de superávit primário deste ano, a presidenta Dilma Rousseff não descarta reduzi-la, porque deseja fixar um número que seja “realista e possa ser cumprido”. Segundo assessores, Dilma avalia que o mais importante é definir para a meta fiscal um valor que passe “credibilidade” e  não cause “desgaste” ao governo, como ocorreu no seu primeiro mandato –quando recorreu-se a receitas extraordinários e adiamento de gastos, as chamadas “pedaladas fiscais”.

Nesta segunda-feira (13), durante reunião da coordenação política, a presidenta proibiu sua equipe de discutir o tema, sob o argumento de que ele ainda não foi debatido oficialmente com sua equipe econômica. Assessores presidenciais dizem que, a princípio, ela está mais inclinada a reduzir a meta de superávit primário (que exclui despesas com juros) de 1,1% do PIB (Produto Interno Bruto), por causa da queda real de receita neste ano, mas ainda não tomou uma posição.

Ela espera as medidas que o ministro Joaquim Levy (Fazenda) prepara para aumentar a arrecadação. A dúvida, dentro do governo, é se as medidas vão gerar os recursos necessários ainda neste ano para cumprir a meta fiscal como está. Um ministro afirmou que Levy trabalha com as “melhores intenções” ao tentar manter a meta, mas a realidade econômica e política recomendam que ela seja reduzida. Ele lembra que, até maio, o governo cumpriu apenas 12% da meta deste ano por causa da fraca arrecadação, o que indica ser quase “impossível” atingir o superávit fixado para 2015.  (Folhapress) 

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