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Dilma diz que Brasil vive um clima de “golpe democrático à paraguaia”

A presidenta tem feito reuniões específicas sobre o tema e recebeu relatos, inclusive do vice-presidente Michel Temer, sobre a melhora do cenário para recriar o imposto (Foto: ABr)

Na primeira reunião ministerial com sua nova equipe, a presidenta Dilma Rousseff disse nesta quinta-feira (08) que está em curso no País um “golpe democrático à paraguaia”, mas fez questão de destacar, logo em seguida, que o Brasil não é o Paraguai, pois tem “instituições fortes”. O comentário foi feito no encerramento da reunião, fechada à imprensa e realizada na semana em que o governo sofreu duas derrotas em tribunais que podem pôr em risco o segundo mandato de Dilma.

Em um gesto com os dedos, ela indicou que a expressão “golpe democrático” deveria ser entendida entre aspas, como uma ironia. Nos últimos dias, o TCU (Tribunal de Contas da União) rejeitou as contas da presidenta em 2014 e o TSE (Tribunal Superior Eleitoral) abriu uma investigação sobre supostas irregularidades na campanha presidencial de Dilma.

Em 2012, o então presidente paraguaio Fernando Lugo sofreu um processo de impeachment por “mau desempenho de suas funções” e foi substituído pelo vice Federico Franco, que estava rompido com ele. Na época, países da América do Sul disseram que houve uma “ruptura da ordem democrática” no Paraguai e decidiram suspender o país temporariamente do Mercosul e da Unasul (União das Nações Sul-Americanas). A proposta de suspensão partiu, inclusive, de Dilma. (Folhapress) 

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