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Dilma quer o gaúcho Eliseu Padilha como articulador político do seu governo

Eliseu Padilha (Foto José Cruz/Abr)

O vice-presidente da República, Michel Temer, deixará o comando do dia a dia da articulação política do governo para se dedicar “às grandes questões da macropolítica”. Foi com esse argumento que o assunto foi tratado em reunião na segunda-feira.

Depois da reunião, onde também foi anunciada a reforma administrativa para reduzir o tamanho da máquina pública, a presidenta Dilma teve uma conversa com o vice e também com o ministro da Aviação Civil, Eliseu Padilha, que dividia com Temer a tarefa do diálogo com o Congresso Nacional. O desejo da presidenta é que Padilha continue nessa tarefa.

Na semana passada, Temer teve um forte embate com o ministro da Fazenda, Joaquim Levy. Para ter sucesso em sua tarefa de articulação política, ele pediu a liberação de 500 milhões de reais para pagamento de emendas parlamentares prometidas a aliados. Levy argumentou que não havia recursos em caixa e Temer reagiu, dizendo que não iria se desgastar não cumprindo acordos firmados com a base.

Tanto quanto Temer, Padilha, que também teve conversa dura com Levy. Queria deixar a tarefa da articulação política, mas recebeu um apelo de Dilma para continuar conduzindo as negociações com parlamentares aliados. A expectativa do governo é a de que, mesmo se afastando do varejo da política – as discussões sobre distribuição de cargos de segundo e terceiro escalões e a liberação de recursos para pagamento de emendas parlamentares –, é a de que nada mude na relação do vice com a presidenta Dilma.
E que o vice não se aproxime da posição defendida pelo presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ) de romper com o governo. (Cristiana Lôbo/AG)

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