A presidenta Dilma Rousseff se reuniu na manhã desta quarta-feira (23), em encontros separados, com o vice-presidente, Michel Temer, e com o líder do PMDB na Câmara, Leonardo Picciani, de quem recebeu as indicações de nomes para integrar o ministério. Um integrante do governo que participou da conversa relatou que a presidenta disse a Picciani que dará o Ministério da Saúde a um dos três deputados indicados pela bancada: Marcelo de Castro (PI), Manoel Júnior (PB) ou Saraiva Felipe (MG). A tendência é que a cobiçada pasta fique com Manoel Júnior. Os parlamentares também indicaram nomes para um segundo ministério, mas durante a reunião, não foi batido o martelo quanto à área, que poderá ser o novo Ministério da Infraestrutura, que uniria Portos e Aviação Civil. O encontro do vice com a presidente não tratou de nomeações e cargos.
Antes mesmo de o governo anunciar a reforma ministerial, o ministro da Saúde, Arthur Chioro, se antecipou e já avisou a assessores que deixará o cargo. Ontem, Chioro foi até o Palácio do Planalto e teria conversado com a presidenta.
Chioro assumiu o ministério em janeiro de 2014. Filiado ao PT e indicado por Lula, o médico e pesquisador especializado em saúde coletiva deu continuidade a um dos principais programas na área da saúde do governo Dilma, o Mais Médicos. Além disso, o paulista foi um dos principais defensores da volta da CPMF.
Dilma também se reuniu nesta quarta-feira com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva na tentativa de definir qual será o espaço do PMDB na Esplanada. A reaproximação com o PMDB é considerada peça fundamental para a articulação política. Na semana passada, Lula esteve em Brasília e se reuniu com caciques da legenda, entre eles o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ).
Para a segunda pasta que caberá à bancada de deputados, Picciani levou à presidente as indicações de Newton Cardoso Júnior (MG), Mauro Lopes (MG), José Priante (PA), e também incluiram hoje o nome de Celso Pansera (PMDB-RJ). (AG)
