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Dilma sobrevoa áreas afetadas pelas chuvas no Rio Grande do Sul

Presidenta voou de helicóptero sobre a Região Metropolitana de Porto Alegre. (Foto: Roberto Stuckert Filho/PR)

A presidenta Dilma Rousseff sobrevoou, na manhã deste sábado, áreas atingidas por alagamentos na Região Metropolitana de Porto Alegre. Em Canoas, a agenda de trabalho foi iniciada com uma reunião técnica entre a comitiva federal, o governador do Rio Grande do Sul, José Ivo Sartori, prefeitos e representantes das defesas civis estaduais e municipais, para auxiliar no processo de solicitação de apoio.

“Além dos 66 municípios que nós já reconhecemos como Estado de Emergência, nós vamos, junto com a equipe do governo estadual, até os prefeitos e tomar as providências necessárias para que se cumpram os requisitos para que eles possam ser enquadrados em Estado de Emergência. Por que isso? Porque nós usamos recursos públicos e nós não podemos usar recursos públicos sem atender à lei. Então vamos fazer uma ofensiva no sentido de assegurar que os prefeitos tenham condições disso”, afirmou a presidenta, após a reunião para avaliar os danos na região.

Dilma também ressaltou que os moradores das cidades atingidas pela chuva terão acesso aos recursos do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço) e deverão ser beneficiadas com moradias construídas pelo Programa Minha Casa, Minha Vida. A presidenta informou ainda que o governo decretou, em caráter de exceção, o enquadramento dos municípios de Pelotas, Gravataí e Porto Alegre, em situação de emergência. “As populações [dos três municípios] vão ter acesso às mesmas condições que outras prefeituras que têm enquadramento garantido. Eles vão ser excetuados porque [o município] não atingiu ainda o percentual de danos, mas as pessoas foram atingidas, então flexibilizamos, enquadramos as pessoas”, declarou. A presidenta anunciou a ida de uma equipe da Secretaria Nacional de Proteção e Defesa Civil, nesta semana, para apoiar os municípios gaúchos no preenchimento das documentações do Sistema Integrado de Informações sobre Desastres, do Ministério da Integração Nacional.

O governador Sartori entregou um ofício à presidenta solicitando esforço do governo federal para a liberação mais rápida de recursos. Entre as reivindicações, estão estudos e projetos para minimização do efeito das cheias nos trechos baixos dos rios Caí e Gravataí, no Dique de Eldorado do Sul, e nas bacias do Sinos e do Gravataí. O prefeito de Porto Alegre, José Fortunati, afirmou que está sendo feito o levantamento, por rua, das regiões mais atingidas nas ilhas e na Zona Norte da cidade, para que as pessoas prejudicadas possam ter acesso aos benefícios, como o FGTS.

Após a visita ao RS, Dilma também foi ao Estado de Santa Catarina para acompanhar a situação das áreas afetadas pela chuva. Ela se encontrou em Florianópolis com o governador Raimundo Colombo. Quase 30 mil pessoas de 97 cidades catarinenses foram prejudicadas pelos temporais. Há 1.790 desabrigados (em abrigos públicos) e 2.933 desalojados (em casas de parentes ou amigos) em SC.

Níveis dos rios

Os números referentes aos atingidos pelos eventos climáticos estabilizaram-se neste sábado no RS. Os níveis dos rios também começaram a baixar, porém, a Defesa Civil gaúcha se mantém em alerta para as previsões de chuvas e temporais que podem atingir o Estado.

O nível dos rios Caí, Uruguai e dos Sinos seguia mais alto que a marca de alerta neste sábado. O Guaíba chegou a 2,72 metros na noite de sexta-feira, mas baixou e ficou estável durante este sábado. Por volta das 22h30min, a régua do Cais Mauá, em Porto Alegre, registrava 2,63 metros.

São 132 cidades prejudicadas pelas chuvas que castigam o Estado desde o início do mês, com 177 mil pessoas atingidas, 6.408 famílias desalojadas e 1.353 desabrigadas. Em Porto Alegre, mais de dez mil pessoas tiveram as residências alagadas, e 1,5 mil estão fora de casa.

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