Direito ao som

Gasparotto  

“Era-me impossível dizer às pessoas: fale mais alto, grite, porque sou surdo. Como eu poderia confessar uma deficiência do sentido que em mim deveria ser mais perfeito do que nos outros, um sentido que eu, antes,
possuía na mais alta perfeição?”

Ludwig Von Beethoven, compositor

• O talento quase sempre supera as dificuldades – Beethoven ficou completamente surdo, e suas mais preciosas composições foram deste período de sua vida -, mas o direito a ouvir deve ser procurado por quantos têm problemas de audição.

• A médica Alice Zelmanovicz, atenta observadora da situação, em recente encontro destacou a importância do uso de aparelhos auditivos, especialmente para manter a saúde do organismo no seu todo. Comentou ainda: “O deficiente auditivo deve utilizar os aparelhos em ambos os ouvidos para superar o problema, garantindo uma vida social com elegância e dignidade”.

• A fonoaudióloga Tiane Mezzomo Grazziotin Maggioni, formada pela Ulbra, e com estágio em inglês nos Estados Unidos, ao retornar iniciou a pós-graduação em Audiologia, sua área preferida. Participou do programa de fellow no setor de Otorrinolaringologia do Hospital das Clínicas de Porto Alegre. Relembra a orientadora, Ms. Kátia Weiss, que lhe proporcionou atender o público do SUS, pacientes necessitados de cuidados auditivos, com atenção especial no teste e adaptação de aparelhos auditivos doados pelos órgãos oficiais. Considera um período gratificante, que determinou estender a experiência.

• Agora, há mais de uma década, atua na Clínica Otorrinos Porto Alegre e no Serviço de Otorrinolaringologia do Hospital Moinhos de Vento Iguatemi, no período dirigido pela médica Elizabeth Araujo, com quem trabalha desde então.

• Para avaliar: os homens têm perda de audição maior do que as mulheres. Por isto mesmo, Tiane tem maioria de pacientes masculinos. Pergunta: ou será também uma questão de vaidade feminina?