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Diretores de escolas realizam protesto contra retorno das aulas presenciais no Julinho

Protesto realizado no Colégio Júlio de Castilhos. (Foto: Reprodução/Facebook)

Diretoras de mais de 60 escolas reunidas no Colégio Estadual Júlio de Castilhos, o “Julinho”, se reuniram nesta sexta-feira (2) à tarde para manifestar a inconformidade com a pressão do governo para o retorno das aulas presenciais sem as mínimas condições de saúde.

Segundo Daniel Damiani, professor de Sociologia e membro da direção central do CPERS, que representa os professores, a ação aconteceu com distanciamento.

Em carta aberta à população gaúcha, o CPERS afirma que não há condições para um retorno seguro.

“Anos de descaso deixaram a escola pública despreparada para enfrentar esta guerra sanitária. Faltam profissionais, faltam recursos físicos e financeiros, faltam equipamentos de proteção, falta organização e capacidade de gestão”, diz a carta.

 

Grupo de pais busca apoio

Além dos professores, o Grupo Direito ao Ensino Não Presencial Durante a Pandemia relata que esteve em contato com diversas autoridades para tentar uma modificação no calendário de retomada de aulas presenciais neste momento da pandemia no Estado, visando a manter escolas fechadas. Agora, busca apoio de prefeituras.

Segundo o grupo, a medida adotada deveria ser a manutenção do fechamento “até que se tenha plena segurança sanitária e vacinação eficaz, proteção do direito à vida, redução consistente e estabilização do índice de contaminação pelo novo coronavírus, com consequente baixa definitiva de óbitos decorrentes do mesmo”.

A administradora e advogada do grupo, Cassiana Lipp João, relata contatos com o Ministério Público RS, Defensoria Pública RS, Famurs (Federação das Associações de Municípios do RS), Conselho Estadual de Educação RS, Undime (União Nacional de Dirigentes Municipais de Educação do RS) e reuniões na Comissão de Educação da Assembleia Legislativa.

“Não vislumbrando a oportunidade de uma ação coletiva contra esse retorno de aulas presenciais nesse momento, por intermédio das instituições citadas e que seriam legítimas para tal propositura, então o Grupo imediatamente recorreu às prefeituras do RS para buscar compreensão e apoio nessa missão de manutenção de fechamento de escolas no RS com o objetivo de manter o ensino à distância até se ter um panorama realmente seguro para todos da comunidade escolar”, diz a administradora.

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