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Disputa nos Estados Unidos: Senadoras se opõem a Donald Trump e ameaçam indicação do presidente para a Suprema Corte

Ruth Bader Ginsburg morreu na última sexta, aos 87 anos. (Foto: Reprodução)

Duas senadoras do Partido Republicano declararam que vão votar para impedir a nomeação de um novo juiz da Suprema Corte dos Estados Unidos ainda este ano para substituir Ruth Bader Ginsburg, que morreu na semana passada. O presidente Donald Trump afirmou que pretende indicar um novo nome para o tribunal. Seria o terceiro que ele apontaria.

Nesta segunda-feira (21), ele anunciou que fará a indicação até o fim da semana e que o Senado tem tempo mais do que suficiente para aprová-la antes das eleições de 3 de novembro.

“Farei o anúncio na sexta-feira ou sábado, e depois começa o trabalho, mas esperemos que não seja muito trabalho”, afirmou Trump em uma entrevista ao canal Fox News.

Ele disse que pretende esperar o funeral de Ruth Bader Ginsburg para anunciar a designação.

Até a morte de Ginsburg, a corte teve um relativo equilíbrio ideológico entre progressistas e conservadores. Como uma pessoa indicada pelo atual presidente provavelmente seria do segundo grupo, esse equilíbrio poderia se perder.

Os juízes servem no tribunal por toda a vida, o que significa que as mudanças na composição têm efeitos duradouros.

A polêmica é que as eleições presidenciais estão próximas e pode haver uma troca no comando da Casa Branca – o que sinalizaria que o povo americano também seria favorável a uma indicação à Suprema Corte de uma pessoa menos conservadora.

Aprovação pelo Senado

O Senado precisa aprovar a nomeação dos juízes da Suprema Corte. O Partido Republicano, do presidente Trump, tem maioria suficiente para isso.

Se quatro senadores republicanos quebrarem a unidade do partido, no entanto, a nomeação fica para o próximo mandato.

Lisa Murkowski, senadora pelo Alasca, e Susan Collins, do Maine, já afirmaram que vão se opor a uma nomeação pouco antes da eleição presidencial.

Nesta semana, a expectativa é sobre como votarão os senadores Mitt Romney, de Utah, e Chuck Grassley, de Iowa.

Suprema Corte nas eleições

Os republicanos querem que a Suprema Corte esteja completa porque o tribunal pode ser decisivo nas eleições presidenciais deste ano.

Se houver algum problema na votação, a Justiça pode ser convocada a tomar decisões.

Trump já sugeriu dois nomes: Amy Coney Barrett e Barbara Lagoa, de acordo com a imprensa americana.

Em um ato de campanha presidencial, seus apoiadores cantaram a frase “preencha aquela cadeira”, em uma referência à nomeação.

Trump sinalizou que está disposto a nomear o sucessor de Ginsberg mesmo no período entre as eleições e a posse.

Oposição quer nomeação no ano que vem

O candidato de oposição, Joe Biden, tem atacado os republicanos pela intenção indicar um novo ministro da Suprema Corte.

O democrata mandou uma mensagem aos senadores republicanos: “Sustentem sua obrigação constitucional, deixem o povo falar. Esfriem as chamas que tomaram nosso país”.

Os democratas têm afirmado que o líder da maioria do Senado, Mitch McConnell, é hipócrita: em 2016, ele barrou a nomeação de um indicado para a Suprema Corte por causa da proximidade com as eleições daquele ano. As informações são do portal de notícias G1.

 

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