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Dissecando a queda da presidente do BNDES

Maria Silvia Bastos reavaliando contratos e reduzindo financiamentos com taxas subsidiadas. (Foto: Reprodução)

A agora ex-presidente do BNDES, Maria Silvia Bastos, antes de deixar o comando do banco, terminou a tarefa que lhe foi dada pelo presidente Michel Temer: desmontou o aparelhamento deixado pelo PT no banco, reavaliando contratos e reduzindo financiamentos com taxas subsidiadas. No primeiro dia no banco, mandou suspender a liberação de R$ 4,7 bilhões de empréstimos que os governos petistas tinham concedido para empresas envolvidas na Operação Lava-Jato, e 25 contratos de financiamento à exportação de serviços. Os últimos 15 dias foram o mais difíceis para Maria Silvia. Precisou enfrentar duas crises: a Operação Bullish e a delação da JBS. Isso radicalizou uma divisão onde, do outro lado, estavam os funcionários do banco, muitos dos quais estão sob investigação, como cúmplices dos descalabros dos últimos anos. A corporação exigiu uma defesa que ela nunca fez de modo direto. A Fiesp (Federação das Indústrias de São Paulo) deu o empurrão final.

“Acordão”: Lula e Temer juntos?
Deu no jornal Estado de São Paulo: estaria em andamento um “acordão” para manter Lula e Temer, fora do alcance do juiz Sérgio Moro. De acordo com a publicação, o plano seria utilizar uma eventual eleição presidencial indireta para “anistiar” parte do mundo político e colocar o Congresso como contraponto à Operação Lava-Jato e ao Ministério Público. Todos teriam direito a foro privilegiado, mesmo com a perda de mandatos, ficando distantes dos juízes de primeira instância. O pacote beneficiaria notórias figuras vinculadas a grandes escândalos, como ex-presidentes da República, o que beneficiaria diretamente “Lula, Sarney, Collor, Dilma e, eventualmente, Michel Temer, todos alvo de investigações”, comenta o jornal.

E o Getúlio?
A brincadeira em torno do “acordão” é de que o PDT só aceitaria participar se Getúlio Vargas também fosse incluído no pacote de anistia.

Quando começa o julgamento do TSE?
O presidente do Tribunal Superior Eleitoral, Gilmar Mendes, confirmou: está marcado para 6 de junho a retomada do julgamento da ação em que o PSDB pede a cassação da chapa Dilma-Temer, vencedora das eleições presidenciais de 2014. No despacho, foram definidas quatro sessões para a análise do processo, que serão realizadas nos dias seguintes.
O novo parecer foi feito pelo vice-procurador eleitoral, Nicolao Dino, e repete o posicionamento enviado ao TSE em março, antes da interrupção do julgamento, quando o tribunal decidiu conceder mais prazo para as defesas se manifestarem. Nicolao é irmão do governador do Maranhão, Flavio Dino, do PCdoB.

Estado vai em busca de R$ 528 milhões
O Estado vai atrás dos R$ 528 milhões que deixaram de ingressar nos cofres públicos até o momento. A Receita Estadual planeja uma ofensiva à inadimplência do IPVA 2017 (Imposto sobre Propriedade de Veículos Automotores). Para tanto, estão previstas para o mês de junho as primeiras blitze do ano, que contarão com novidades tecnológicas para identificar os veículos com o imposto atrasado.

Viúvas do Che
As viúvas do assassino de esquerda Ernesto Che Guevara estão inconsoláveis: não conseguiram burlar o gabinete do governador. O governo do Estado brecou o patrocínio a um musical em homenagem ao aniversário, dia 6 (o aniversário do Che será dia 14) de junho. No evento, seria realizada uma sessão de autógrafos.

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