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Dia Mundial do Alzheimer: saiba como prevenir

(Foto: divulgação)

O dia 21 de setembro é o Dia Mundial da Doença de Alzheimer e tem como objetivo ampliar a conscientização sobre a demência e diminuir o seu estigma. No Brasil, segundo a Alzheimer’s Disease International (ADI), federação que agrega entidades de combate à doença, estima-se que 55 mil novos casos de demências ocorram todos os anos, a maioria decorrentes de Alzheimer.

O nome é uma referência ao médico alemão Alois Alzheimer, que descreveu a doença em 1906. Neurodegenerativa, caracteriza-se pela perda progressiva da capacidade intelectual, da autonomia e independência. As células cerebrais morrem afetando a memória, pensamento, orientação, compreensão, cálculo, capacidade de aprendizagem, linguagem e julgamento. “A causa não é completamente conhecida. Está relacionada ao envelhecimento e a fatores de risco genéticos e ambientais”, comenta a enfermeira e orientadora Educacional Profissional do Senac Saúde, Juliana Stroeher.

Segundo a orientadora, a idade é o principal fator de risco. É mais comum acima de 60 anos e após os 65 anos, e o risco de desenvolver dobra a cada cinco anos. A prevenção consiste em controlar os fatores de risco modificáveis como hipertensão, diabetes, obesidade, aumento dos níveis de colesterol, tabagismo, abuso de álcool, sedentarismo, transtornos do sono. “Se isso for controlado, pode retardar o aparecimento da doença. O ideal é realizar atividades sociais, cognitivas, atividade física regular e nutrição adequada. São fatores de proteção para a doença”, indica.

É muito comum, conforme Juliana, que os sinais e sintomas iniciais sejam confundidos com o processo de envelhecimento normal, o que faz com que a doença seja diagnosticada tardiamente. Os sinais e sintomas não são os mesmos para todos os pacientes. A doença evolui em várias fases, que variam muito de um paciente para outro. As alterações relacionadas às perdas das funções cognitivas podem ser identificadas tanto pelo paciente, como pelo cuidador ou familiar. “O diagnóstico inclui a história do paciente e a realização de exames de sangue e imagem (tomografia e ressonância magnética) para excluir outras doenças”, enfatiza.

Na fase inicial ocorre perda significativa da memória, como esquecimento, dificuldade em aprender coisas novas, dar seguimento a uma conversa, mudança de humor, depressão e alteração na coordenação motora. Na fase moderada, ocorre incapacidade de reconhecer parentes e amigos, esquecimento de sua história pessoal, confusão, ansiedade, desconfiança, hostilidade e agressividade, desorientação no tempo e espaço, desinibição, insônia, alterações do apetite, fala e visão. Na fase severa, a memória encontra-se gravemente alterada, mesmo a antiga, comunicação inadequada, apatia, isolamento, imobilidade ,perda da capacidade de falar, do controle urinário e intestinal, dificuldade para ingerir sólidos e líquidos, banhar-se ou vestir-se e emagrecimento. Nesta fase há necessidade de cuidados 24 horas por dia.

Apesar de não ter cura, o paciente não morre diretamente da doença, mas geralmente por suas complicações como desnutrição e infecções. O uso de medicamentos visa estabilizar a progressão da doença e diminuir a velocidade da perda das funções. “É importante ficar atento aos efeitos colaterais como náusea, vômitos, diarréia, constipação, entre outros”, lembra a enfermeira.

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