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Dólar encerra semana com alta de 0,32%, a 5 reais e 16 centavos

Ambiente negativo no exterior volta a pesar contra os ativos domésticos, no início desta segunda-feira (9). (Foto: Alexander Mils/Pexels)

O dólar teve um novo dia de alta em relação ao real, com os investidores em busca de proteção às vésperas do feriado de Carnaval. Após chegar a furar o patamar de R$ 5 na quarta-feira (23), a moeda americana fechou a semana 0,32% mais cara, cotada a R$ 5,1562.

No mês, a divisa tem perdas de 2,81% e no ano, de 7,51%.

Para o operador da mesa de renda variável da One Investimentos, Edmar de Oliveira, a alta do dólar reflete a busca pelos investidores por ativos mais seguros.

A proximidade com o feriado do Carnaval, durante o qual não haverá negociações na B3, e a formação da Ptax de fim do mês, taxa usada pelo Banco central (BC), também influenciaram os movimentos.

“Há o fator psicológico. É um certo receio de ficar sem uma proteção em um período que a gente não sabe o que vai acontecer. Então, pelo menos, você vai ter um instrumento para ‘hediar’ (proteger) a sua carteira.”

A Bolsa, por sua, vez, fechou em alta, com a ajuda de papéis ligados a commodities. O Ibovespa, principal indice da B3, subiu 1,39%, aos 131.142 pontos.

Na semana, ocorreu alta de 0,23% e no mês, de 0,89%. No ano, o Ibovespa tem alta acumulada de 7,94%.

O conflito entre Rússia e Ucrânia seguiu ditando o ritmo dos mercados pelo mundo. Um dia após o presidente russo Vladmir Putin autorizar uma invasão militar em larga escala na Ucrânia, tropas russas alcançaram Kiev, a capital do país vizinho.

Os agentes avaliaram o anúncio de novas sanções contra a Rússia e a escalada de conflitos no território ucraniano.Os Estados Unidos, a União Europeia e o Reino Unido congelaram bens de Putin e do chanceler russo, Sergei Lavrov.

Na véspera, o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, afirmou que Putin enfrentará um duro golpe em sua economia. Ele também disse que os EUA liberariam mais petróleo estratégico conforme as condições demandassem.

O discurso do líder americano melhorou os ânimos dos mercados, com as bolsas nos Estados Unidos revertendo as perdas na reta final do pregão. O sentimento positivo seguiu nessa sexta-feira.

“Foi mais uma questão das sanções. O mercado esperava algumas sanções mais firmes, principalmente, em relações a alguns setores muito específicos da economia russa e, ao mesmo tempo, essa situação do conflito diminuiu a expectativa de um aumento de juros mais forte nos Estados Unidos”, disse Oliveira sobre o movimento de alta das bolsas americanas desde a quinta-feira.

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