O dólar fechou em alta sobre o real nessa quarta-feira, após a agência de classificação de risco Fitch Ratings ter retirado o selo de bom pagador do Brasil, assim como a Standard & Poor’s fez em setembro.
O anúncio fez o dólar atingir máxima de 3,967 reais no início da tarde, mas em seguida o avanço perdeu força e a moeda norte-americana fechou na casa de 3,92 reais. O dólar subia desde a abertura das negociações, refletindo uma possível saída do ministro da Fazenda, Joaquim Levy, após a presidenta Dilma Rousseff ter enviado ao Congresso nacional proposta de redução da meta fiscal do próximo ano.
Gerou apreensão entre os investidores a expectativa pela decisão de política monetária do Fed (Federal Reserve, o banco central dos Estados Unidos). Conforme esperado, o banco anunciou a elevação da taxa de juros norte-americana pela primeira vez em quase dez anos.
O dólar à vista, referência no mercado financeiro, fechou o dia com valorização de 0,80%, para 3,925 reais na venda. É o maior valor desde 21 de outubro, quando valia 3,937 reais. Já o dólar comercial, usado em transações de comércio exterior, avançou 1,18%, para 3,921 reais.
Com grau especulativo do Brasil em duas agências de risco, grandes fundos internacionais deverão retirar investimentos do País, uma vez que são obrigados a manter seus recursos apenas em países que são considerados bons pagadores. (Folhapress)
