O presidente Donald Trump visitou Porto Rico nesta terça-feira (3), quase duas semanas depois de o furacão Maria ter devastado a ilha. Durante a visita, ele afirmou que os governantes locais deveriam estar orgulhosos pelo número de mortes ter sido “apenas” de 16 pessoas, ao contrário do que causou o furacão Katrina, descrito por ele como uma “tragédia real”. “Dezesseis versus milhares. Vocês deveriam estar orgulhosos”, disse.
O furacão Maria devastou Porto Rico em setembro deixando um saldo de 16 mortes. Em 2005, o furacão Katrina destruiu a cidade de Nova Orleans, deixando mais de 1.800 mortos. “Toda morte é um horror. Mas se você olhar para uma catástrofe real como o Katrina e olhar para as centenas e centenas e centenas de pessoas que morreram, e olhar para o que aconteceu aqui com uma tempestade que foi totalmente avassaladora, ninguém nunca viu nada como isso… E qual é a sua contagem de mortos? Dezesseis pessoas versus as milhares”, disse o presidente.
Conta alta
Em Porto Rico, os moradores ainda lidam com a falta de energia, água potável, alimentos e combustível, além do aumento da criminalidade. Depois tentar justificar a demora no envio de suprimentos ao país, porque se trata de “uma ilha cercada por água” ele afirmou que a conta ficará alta. “Odeio dizer isso, Porto Rico, mas vocês colocaram nosso orçamento um pouquinho acima do esperado. Mas está tudo bem, porque salvamos muitas vidas.”
Trump aterrissou por volta das 11h45min (hora local; 12h45min em Brasília-DF) na base aérea Luis Muñiz, da Guarda Nacional porto-riquenha, acompanhado pela primeira-dama americana, Melania. Depois, se reuniu com socorristas e funcionários federais que atuaram na resposta aos efeitos do furacão.
Depois de uma reunião na Base Aérea da Guarda Nacional de Muñiz, Trump se encontrou com vítimas em uma igreja, onde distribuiu pacotes de arroz enquanto dizia que havia “muito amor” ali. O presidente também jogou rolos de papel-toalha à multidão do local. O gesto foi amplamente criticado e virou piada nas redes sociais.
O presidente, que enfrentou publicamente autoridades locais pela resposta de Washington à catástrofe, afirmou que até seus críticos estão reconhecendo o “grande trabalho que fizemos” após a passagem do Maria.
O furacão Maria chegou a Porto Rico como um furacão de categoria 4, com ventos de 250 quilômetros por hora, segundo o Centro Nacional de Furacões dos Estados Unidos.
Essa foi a 2ª tempestade com ventos superiores a 250 quilômetros por hora a atingir o Caribe no mês de setembro. O Irma deixou um vasto rastro de destruição na região.