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Donald Trump comemorou no Twitter a captura dos cinco líderes mais procurados do Estado Islâmico

Trump tem política internacional tumultuada. (Foto: Andrea Hanks/White House)

O presidente dos EUA, Donald Trump, disse na quinta-feira que os cinco líderes “mais procurados” do EI (Estado Islâmico) foram capturados. Informação foi divulgada pelo Twitter do presidente, em tom de comemoração.

De acordo com o “New York Times”, citando autoridades iraquianas, eles foram presos recentemente após uma operação de três meses da inteligência do Iraque e dos EUA. Segundo o diário nova-iorquino, entre os capturados estão quatro líderes da organização terrorista de nacionalidade iraquiana e um sírio, encarregado do território perto de Deir al-Zour, na Síria.

Política externa de Trump

A decisão de Donald Trump de tirar os Estados Unidos do acordo nuclear com o Irã é um novo ato diplomático de seu governo, que se soma a uma série de ações de política externa do presidente americano caracterizadas sobretudo por um desejo de bagunçar o tabuleiro.

Honrando sua promessa de campanha, Trump anunciou em seu primeiro dia completo de governo a saída dos Estados Unidos do TTP (acordo Transpacífico), com 12 membros, negociado por seu antecessor, Barack Obama. Ele alegou que o tratado expunha o país a concorrência injusta e classificou como um acordo ruim.

Um ano mais tarde, após os outros 11 membros assinarem o tratado – que ainda não entrou em vigor -, Trump mudou de tom e sugeriu estar aberto a voltar a participar, caso os Estados Unidos consigam alterações que não foram detalhadas.

Outra política polêmica de Trump diz respeito ao Acordo de Livre-Comércio da América do Norte (Nafta, na sigla em inglês) – vigente há 24 anos. O acordo foi qualificado como um “desastre” e o “pior acordo comercial possivelmente já assinado” pelos Estados Unidos. Trump exigiu, no ano passado, que ele fosse renegociado. México, Canadá e Estados Unidos tentam reformular o acordo, mas se depararam com grandes obstáculos, e os diálogos estão estagnados nos últimos meses.

Ottawa e Cidade do México se opõem à exigência de Washington de elevar a proporção de componentes nacionais em automóveis de fabricação americana. Eles também não querem um mecanismo de disputa comercial. O futuro do tratado, que promoveu um forte aumento do comércio entre os três países, mas levou a mudanças dolorosas em alguns setores, continua incerto.

O compromisso dos Estados Unidos de lutar contra as mudanças climáticas, promovido durante o governo Obama, teve uma reviravolta de 180 graus em junho, quando Trump anunciou a retirada dos Estados Unidos do Acordo de Paris. Apesar da decisão, ele assegurou que estava aberto a uma renegociação do acordo. Contudo, seu governo não deu passos nessa direção. Enquanto isso, os mais de 190 países que ainda estão no pacto tentam limitar o aquecimento global “bem abaixo” dos 2ºC.

Finalmente, Trump reconheceu, no ano passado, Jerusalém como capital de Israel, uma declaração que foi imediatamente condenada pela comunidade internacional e pelos palestinos, que veem Jerusalém Oriental como capital de seu futuro Estado. Washington anunciou em janeiro que em maio migraria sua embaixada de Tel Aviv para Jerusalém, coincidindo com o 70° aniversário da criação de Israel.

O presidente americano afirmou em maio, após meses de retórica belicista entre Trump e o líder da Coreia do Norte, Kim Jong Un, que os dois celebrariam uma cúpula, algo que o mandatário da Coreia do Sul, Moon Jae-in, classificou como um “milagre”. O avanço se deu após uma escalada alimentada por vários testes balísticos e um teste nuclear por parte de Pyongyang. A Coreia do Norte liberou, na quarta-feira, três presos americanos e os entregou ao secretário de Estado, Mike Pompeo, que fez uma viagem de surpresa a Pyongyang. O encontro de Trump e Kim – que já se reuniu com Moon – é esperado para as próximas semanas.

Trump disse no mês passado querer “retirar” as tropas da Síria, mas oficiais militares de alto escalão garantiram rapidamente que não havia mudanças nas missões de combate ao grupo extremista Estado Islâmico e que as forças dos Estados Unidos permaneceriam ali.

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