Na véspera de um encontro com o presidente russo, o chefe de estado americano, Donald Trump, afirmou nesta quinta-feira (6) que trabalha com aliados para se opor “às ações da Rússia e seu comportamento desestabilizador”. O Kremlin não concordou com a afirmação.
O presidente americano também admitiu que a Rússia pode ter interferido na eleição de 2016, mas afirmou que outros países também poderiam estar envolvidos, segundo a France Presse.
“Eu penso que poderia muito bem ter sido a Rússia. Acho que poderiam ter sido outros países. Não serei específico. Mas eu acho que muitas pessoas interferiram”, afirmou Trump em um discurso em Varsóvia, na Polônia.
As declarações acontecem na véspera do encontro com o presidente Vladimir Putin, à margem da reunião do G20 em Hamburgo (Alemanha).
“Nós não concordamos com essa abordagem”, disse o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, segundo a Reuters.
Peskov disse que o Kremlin também lamentou a falta de entendimento entre a Rússia e os Estados Unidos quanto às expectativas para suas futuras relações.
“É exatamente por isso que esperamos o primeiro encontro dos dois presidentes”, disse Peskov.
Polícia dispersa manifestação contra G20 na Alemanha
A polícia agiu quando um grupo de black blocs, mascarados e com roupas pretas, se misturou aos outros manifestantes. Na Alemanha não é permitido se manifestar com máscara. Como não foi possível separar os black blocs dos demais, o avanço do protesto foi impedido pelos agentes, e então veio o confronto.
Até às 19h30 locais (14h30 de Brasília), a polícia estimava que havia 12 mil manifestantes. Deles, cerca de mil eram black blocs.
No Twitter, a polícia informou que seu porta-voz foi agredido e teve de ir para um lugar seguro.
A polícia também avisou pelo Twitter que com o aumento das tensões foi necessário usar os lançadores de água. Os policiais dizem que foram alvejados por garrafas e outros objetos.
Chamada de “Welcome to Hell” (“Bem-vindos ao Inferno”), a manifestação é a mais importante entre as previstas para acontecer na cidade durante a reunião da cúpula. O protesto começou no Mercado de Peixe (Fischmarkt) de Hamburgo, no centro da cidade, às margens do Rio Elba.
À frente da marcha, um grande cartaz pedia para “esmagar o G20” (“smash G20”). Ela foi convocada por uma autodenominada “aliança autônoma anticapitalista”. O objetivo dos organizadores era rodear o Palácio dos Congressos, onde estão as delegações da reunião.
Cerca de 20 mil policiais de várias partes da Alemanha foram deslocados para Hamburgo como medida antiterrorismo e para evitar a violência nas cerca de 30 manifestações previstas durante a reunião. (AG)