O presidente dos EUA, Donald Trump, participou neste sábado (22) da cerimônia de lançamento do mais novo porta-aviões norte-americano, USS Gerald R. Ford, informou Associated Press. Segundo Trump, a embarcação é uma “mensagem de 100 mil toneladas para o mundo”, que atesta o poder militar norte-americano.
O líder dos Estados Unidos, ao ver o novo porta-aviões, declarou que os aliados americanos agora dormirão em paz, enquanto os inimigos “irão tremer de medo”.
“Deus abençoe e guie este navio de guerra e todos os que navegarem nele”, disse Trump.
Durante o seu discurso, o presidente criticou a administração anterior pelo baixo investimento em novas tecnologias militares.
Donald Trump visitou Arábia Saudita em maio deste ano, onde assinou contratos na área de defesa no valor superior aos 110 bilhões de dólares.
Putin muda seu embaixador em Washington
Moscou retirou do jogo seu homem em Washington. Sergey Kislyak, o personagem mais misterioso e onipresente da trama russa, abandonou a Embaixada. Após quase 10 anos no cargo, o diplomata gorducho e extremamente educado retorna à sua terra em um momento crucial das relações e com uma pergunta que o perseguirá até o final de seus dias. Ninguém tem ainda a resposta sobre seu papel no caso, mas chefe de uma operação secreta ou simples embaixador, deixa atrás de si um escândalo que ameaça arrasar a Casa Branca.
Sua saída foi comunicada no sábado (22) sucintamente na conta de Twitter da Embaixada como um “fim de missão”. Seu sucessor não foi designado, mas se especula o nome de Anatoly Antonov, antigo vice-ministro das Relações Exteriores.
Ambassador S.Kislyak has concluded his assignment in Washington, DC
Minister-Counselor D.Gonchar will act as Chargé d'Affaires ad interim?? pic.twitter.com/180FfyQvXK— Russia in USA ?? (@RusEmbUSA) July 22, 2017
Kislyak, de 66 anos, se tornou tóxico. A própria administração Trump, tão chegada a Putin, provou de seu veneno. Primeiro foram suas conversas com o tenente-general e antigo diretor da Agência de Inteligência de Defesa, Michael Flynn. As mentiras sobre seu conteúdo forçaram sua renúncia quando estava há somente 24 dias como conselheiro de Segurança Nacional.
O próximo a sentir seu contato elétrico foi o promotor geral, Jeff Sessions. Em suas audiências de confirmação no Senado, escondeu que havia se reunido duas vezes com o embaixador durante a campanha eleitoral. Quando a verdade veio à tona, o incêndio alcançou tamanha proporção que, para se salvar, abandonou o trabalho com tudo relacionado ao caso. Uma mutilação que desde então o impediu de controlar a investigação do FBI, o pesadelo de Trump.
O terceiro golpe veio quando se descobriu que Kislyak também havia se reunido com o genro do presidente, Jared Kushner. Na mesma Torre Trump, o garoto de ouro pediu ao sempre amável embaixador que lhe abrisse um canal secreto e direto com Putin. Dito de outra maneira, que fosse a Rússia a, sem levar em consideração a segurança nacional norte-americana, organizar a forma de comunicação justamente com o presidente dos Estados Unidos. Ao contrário dos outros, Kushner se salvou por sua proximidade a Trump. Mas ficou ferido. Tanto que sua renúncia foi especulada.
Os Governos russo e norte-americano não quiseram explicar o motivo de sua saída. Nove anos é muito tempo e o ciclo entrou em fase negativa. São argumentos suficientes. Mas não é segredo para ninguém que se tornou mais uma peça do escândalo. Certo ou não, era visto por muitos como o guardião do labirinto. O homem que tinha e tem as chaves do maior escândalo do século em Washington. O embaixador de Putin na trama.
