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Donald Trump sediará o próximo encontro dos sete países mais ricos do mundo em um dos resorts de sua propriedade

O resort Trump National Doral Miami,a oeste da cidade da Flórida. (Foto: Reprodução)

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, sediará a reunião do G7 do ano que vem no Trump Doral, seu resort de luxo perto de Miami, disse nesta semana o chefe de gabinete interino do presidente, Mick Mulvaney.

“É quase como se tivessem construído aquelas instalações para receber esse tipo de evento”, disse Mulvaney durante uma entrevista coletiva, antes de acrescentar não haver conflito de interesses. “O presidente deixou claro desde que chegou aqui que não tem lucrado (com o cargo).”

A decisão de sediar a cúpula, que acontecerá no mês de junho, no resort de golf na Flórida deve despertar críticas de conflito de interesses. Organizar a reunião dos sete líderes dos países mais industrializados em uma propriedade de Trump pode proporcionar uma propaganda gratuita para a Organização Trump e aumentar a visibilidade do resort em todo o mundo.

“A marca de Donald Trump já é forte sozinha”, disse Mulvaney quando questionado sobre possíveis críticas. “É o nome mais conhecido na língua inglesa.”

O presidente está lentamente preparando a recepção do evento. Na cúpula deste ano do G7 – do qual fazem parte Estados Unidos, França, Reino Unido, Alemanha, Japão, Itália e Canadá –, realizada em Biarritz, no Sul da França, Trump sugeriu que seu luxuoso resort de golfe, a oeste de Miami, seria um “ótimo lugar” para a reunião do próximo ano.

“Tem uma área tremenda, muitas centenas de acres, então podemos lidar com tudo o que acontecer”, disse Trump. “As pessoas estão realmente gostando dele, e, além disso, há edifícios que têm de 50 a 70 unidades. E assim cada delegação pode ter seu próprio prédio.”

Ligação

O presidente do México, Andrés Manuel López Obrador, afirmou neste sábado que seu correspondente americano, Donald Trump, ligou para expressar sua “solidariedade” após a tentativa de prisão do filho de um chefe do tráfico de drogas que levou a uma onda de violência na cidade de Culiacán, no noroeste do país.

Homens armados do cartel cercaram aproximadamente 35 policiais e guardas nacionais na quinta-feira na capital do estado de Sinaloa e libertaram Ovidio Guzmán, um dos muitos filhos de Joaquin “El Chapo” Guzmán, após uma breve detenção motivar amplos conflitos armados e uma fuga da prisão que chocou o país.

“Recebi uma ligação do presidente Trump expressando sua solidariedade após os eventos em Culiacán. Eu o agradeço por respeitar nossa soberania e pelo seu desejo de manter uma política de boa vizinhança, baseada em cooperação para o desenvolvimento e o bem-estar de nosso povo”, disse López Obrador, no Twitter.

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