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Elon Musk diz que não acatará ordens de Alexandre de Moraes

Musk acusou o ministro do Supremo Alexandre de Moraes de censura. (Foto: Reprodução)

O bilionário Elon Musk acusou o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes de censura. Como resposta, o dono da Tesla e da rede social “X” (ex-Twitter), afirmou que irá descumprir a decisão judicial que mirava uma série de perfis considerados antidemocráticos pelo magistrado. Usuários relatam que tiveram as contas desbloqueadas após a manifestação de Musk.

Mais cedo, Musk havia respondido a um post do ministro perguntando o “porquê de tanta censura”. Durante a tarde, ele continuou publicando mensagens que sugeriam que a liberdade de expressão estava ameaçada no Brasil. A retirada de perfis falsos ou que espalham desinformação têm sido alvo de várias decisões do ministro, mas o movimento vem sendo encarado como “perseguição” por perfis bolsonaristas. O não cumprimento das determinações acarreta multa e poderá até levar a medidas mais drásticas, como tirar o site do ar.

Prejuízo financeiro

Na noite de sábado (6), o magnata resolveu comprar a briga com o juiz e afirmou que iria suspender as restrições impostas pelo ministro, mesmo que isso causasse grande prejuízo financeiro. Segundo ele, o X Brasil vai perder todas as receitas de publicidade, mas “princípios são mais importantes que lucro”.

“Estamos suspendendo todas as restrições. O juiz aplicou multas pesadas, ameaçou prender nossos funcionários e bloquear o acesso ao X no Brasil. Como resultado, provavelmente perderemos toda a receita no Brasil e teremos que fechar nosso escritório lá. Mas os princípios são mais importantes do que o lucro”, disse no X.

A resposta de Musk foi celebrada por usuários e até parlamentares alinhados à direita. Já há perfis que relatam que tiveram as contas bloqueadas pela Justiça e rapidamente desbloqueadas por Elon Musk.

Redes sociais

Nos últimos anos, Moraes adotou diversas medidas em relação aos perfis de redes sociais, tanto no âmbito do STF quanto através do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), do qual foi presidente durante o ano eleitoral. Em 2022, o ministro ordenou a suspensão de uma série de contas de alvos de investigações, incluindo parlamentares e perfis bolsonaristas que contestavam o resultado das eleições. As informações são do jornal Valor Econômico.

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