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Durante encontro com líderes do segmento de rádio e TV do Sul do País, Bolsonaro disse que a imprensa regional é importante para o futuro da nação

Evento em Brasília recebeu 50 representantes do segmento, incluindo a diretora da Rede Pampa. (Foto: Divulgação/PR)

Ao receber nessa quinta-feira um grupo de 50 líderes de empresas e entidades ligadas a veículos de comunicação do Sul do País para um café da manhã em Brasília, o presidente Jair Bolsonaro declarou que o trabalho da imprensa regional é importante para o futuro da nação. Dentre os representantes dos três Estados estava a diretora da Rede Pampa, Christina Gadret, presidente do SindiRádio (Sindicato das Empresas de Rádio e TV do Rio Grande do Sul).

O objetivo foi reiterar ao chefe do Executivo federal o potencial e atuação das mídias gaúcha, catarinense e paranaense. “A radiodifusão é extremamente importante para a sociedade, como um dos principais e mais rápidos meios de informação, além de um dos preferidos da população, acompanhando os cidadãos do momento em que acordam até a hora de dormir, inclusive nos lugares mais longínquos, onde sequer há sinal de internet”, ressaltou Christina.

“Ao apresentar ao presidente da República a atividade desenvolvida pelos radiodifusores de nosso Estado, obtivemos um acesso fundamental, evidenciando que a checagem de fatos e o trabalho regionalizado, 24 horas por dia, contribui para uma sociedade mais bem informada”, acrescentou após o evento, realizado no Palácio do Planalto.

Já Bolsonaro, apesar do bom humor durante a maior parte do encontro, ao se dirigir aos convidados não deixou de criticar o que considera como “má vontade da mídia nacional”. Ele se referia ao descontentamento em relação à forma pela qual são interpretadas na imprensa as suas declarações sobre diversos assuntos, não raro com boas doses de polêmica.

“Esse é o meu jeito de falar, o jeito que o povo entende, e não vou mudar”, frisou o chefe do Executivo. “Estamos construindo uma rota diferente do passado e temos tudo para dar certo. Precisamos de união”. Ao seu lado na mesa estavam os ministros Luiz Eduardo Ramos (Secretaria de Governo), Augusto Heleno (Gabinete de Segurança Institucional) e o secretário especial Fábio Wajngarten (Comunicação Social). Também marcaram presença os deputados gaúchos Bibo Nunes e Marcel Van Hattem.

Já as entidades do segmento foram representadas, além de Christina Gadret, pelos colegas Marcello Corrêa Petrelli (Acaert),
Marise Westphal Hartke (Abert), Cezar Telles (Sert-PR), Ana Paula Melo (Sert-SC), Roberto Cervo (Agert), José Heriberto Michelleto (Aerp), Lenoires da Silva (ADI-SC), Nery José Thomé (ADI-PR), Jedaias Pereira Belga (ADI Brasil), Eladio Dios Vieira da Cunha (ADI-RS), José Roberto Deschamps (Adjori-SC), Elizio Jacy Siqueira Junior (Adjori-PR) e Ademir Arnon (ACI).

Alerta

Ainda durante o encontro, o conselheiro de comunicação do Senado, Ranieri Moacir Bertoli apresentou uma defesa da mídia regional e alertou ao presidente Bolsonaro sobre um problema que envolve a expansão das rádios comunitárias no Brasil. Segundo ele, de 2004 a 2013 o volume de concessões para emissoras com esse perfil cresceu 103%, totalizando 4.504 unidades, muitas delas sem cumprir as especificações legais e prejudicando assim as rádios comerciais.

“São concorrentes que não pagam outorga e nem impostos e fazem uma política sem nenhuma fiscalização no cumprimento da lei”, lamentou Bertoli. Após a sua manifestação também foram exibidos vídeos institucionais sobre as “fake news” (notícias falsas na internet e redes sociais) e o projeto de reforma da Previdência, apresentado pelo governo de Bolsonaro e que tramita do Congresso Nacional.

(Marcello Campos)

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