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Durante muitos séculos, o prazer sexual da mulher foi inadmissível

Para um namoro resistir a distância, não pode haver controle, ciúme, possessividade na relação. Crédito: Reprodução

Por séculos, o prazer sexual das mulheres era considerado inaceitável. A falta de desejo sexual era um importante aspecto da feminilidade. Em meados do século 20, o orgasmo feminino começou a ser admitido com muita cautela. A mulher que tinha prazer sexual sem amor era tida como ninfomaníaca, ao passo que o homem casado que frequentava os bordéis era considerado normal.

Hoje em dia, o sexo continua sendo um problema complicado e difícil, com muitas dúvidas. A maioria das pessoas dedica um grande de suas vidas às suas fantasias, desejos, temores, vergonha e culpas sexuais. Na obra “A Cama na Varanda”, a psicanalista Regina Navarro Lins analisa possibilidades nos relacionamentos entre homem e mulher, campo que, segundo a autora, vem sofrendo alterações desde os anos 1960. Veja a seguir alguns pontos que a autora ressalta sobre relacionamentos amorosos.

1 A dependência emocional entre um casal é encarada por todos com naturalidade porque se confunde com amor.

2 Na relação estável – namoro ou casamento –, é comum as pessoas abrirem mão de atividades que lhes proporcionavam grande prazer. Depois, não sabem por que surgem as mágoas.

3 O prazer sexual da mulher foi, por séculos, inadmissível. No século 19, mulher não gostar de sexo a valorizava e era marca de sua feminilidade.

4 Não existe cultura em que as relações extraconjugais sejam desconhecidas, e parece não haver nada que consiga fazê-las deixar de existir.

5 O machão está em baixa, e a tendência é a mulher buscar homens que se relacionem com ela em nível de igualdade em tudo e também no sexo.

6 O amor romântico não é construído na relação com a pessoa real, que está do lado, e sim com a que se inventa de acordo com as próprias necessidades.

7 Todos os apaixonados pressentem que um dia podem perder a pessoa amada, que isso pode acontecer a qualquer momento, e sofrem.

8 As relações são regidas por códigos, passados na maioria das vezes de forma inconsciente, por gestos, olhares sorrisos ou comentários.

9 Há casos de uma pessoa aparentar ser autossuficiente e segura, mas ao iniciar uma relação amorosa se evidenciar sua baixa autoestima

10 Em muitas relações amorosas, nenhum tipo de prazer individual é admitido quando se espera ser a única fonte de interesse do outro.

11 Como a incerteza é intolerável para qualquer pessoa ciumenta, ela procura detalhes e vai, ás vezes, ao extremo de espionar o outro. (AD)

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