A economia brasileira teve nova contração em agosto, indicou o BC (Banco Central) nesta sexta-feira (16). O chamado IBC-Br (Índice de Atividade Econômica), considerado uma prévia do PIB (Produto Interno Bruto), registrou contração de 0,76% no período. Neste ano, somente os meses de fevereiro (0,57%) e maio (0,03%) não tiveram contração mensal do nível de atividade, de acordo com os números revisados do BC.
A queda do nível de atividade já era esperada para agosto, uma vez que indicadores mensais apontavam para um cenário ruim. Os economistas do mercado financeiro acreditam que o PIB terá retração de 2,97% neste ano. Se confirmada, será a maior contração em 25 anos – ou seja, desde 1990, quando foi registrada uma queda de 4,35%.
Os números do Banco Central mostram que, de janeiro a agosto deste ano, o indicador sem ajuste sazonal (pois considera períodos iguais de tempo) mostrou queda de 2,99% na atividade econômica. Em 12 meses, o indicador (dessazonalizado) do BC registrou contração de 2,28%.
O IBC-Br é uma das ferramentas usadas pelo BC para definir a Selic (taxa básica de juros) do País. Com o menor crescimento da economia, por exemplo, teoricamente haveria menos pressão inflacionária. Atualmente, os juros básicos estão em 14,25% ao ano, o maior nível em nove anos.
