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Edegar Pretto cobra apoio de Eduardo Leite a Lula

Petista tenta convencer o ex-governador a sair da neutralidade no segundo turno. (Foto: Rafael Stedile/PT)

O ex-governador Eduardo Leite (PSDB) quase não chegou ao segundo turno no Rio Grande do Sul. A distância que separou o tucano do candidato do PT, o deputado estadual Edegar Pretto, terceiro colocado, foi de pouco mais de 2 mil votos. Fora da disputa, o petista agora se posiciona contra Onyx Lorenzoni (PL), o candidato bolsonarista ao governo do Estado, mas não declarou voto em Leite.

Pretto condiciona o apoio a um posicionamento favorável do ex-governador tucano à candidatura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva à Presidência da República, o que não ocorreu — e, provavelmente, não irá ocorrer. “Leite tem que entender que o Rio Grande do Sul não é uma ilha. Ele, que quer ser governador, tem que fazer uma opção: com quem quer dialogar como presidente da República?”, afirmou Pretto.

Edegar Pretto recebeu uma ligação de Leite poucos dias depois do primeiro turno. Na ocasião, o tucano afirmou que o apoio do PT seria importante na reta final, mas informou que preferia não se posicionar sobre a eleição presidencial. Leite apoiou Bolsonaro em 2018, mas hoje faz algumas críticas ao presidente. Ao mesmo tempo, ele precisa dos votos da esquerda no estado, mas também tem a simpatia de parte dos eleitores da direita e poderia sair prejudicado caso anunciasse apoio público a Lula.

“O Eduardo Leite sabe o que estamos enfrentando, ele sofre as consequências dessa onda fascista, sabe o que é o preconceito, a homofobia”, ressalta Pretto, que tem viajado pelo estado para conversar com membros da coligação do tucano. “Eu tenho essa esperança de que ele reveja a sua posição. Se ele declarasse apoio ao presidente Lula, eu faria o mesmo. Essa é a nossa decisão até aqui e vamos continuar na expectativa de que a gente possa contar com a sinalização da parte dele”, completa Pretto.

Neutralidade

O candidato ao governo do Rio Grande do Sul Eduardo Leite (PSDB) não quis declarar o seu voto para a Presidência da República, apesar de ter afirmado que não votará nulo no próximo dia 30 de outubro. “Na eleição nacional, como cidadão, não revelarei meu voto, mas terei meu voto como cidadão para um dos candidatos”, afirmou. Segundo Leite, “entrar no debate eleitoral nacional só atrapalharia o debate local”.

O tucano, que chegou a apoiar Jair Bolsonaro em 2018, disputa contra o ex-ministro dele, Onyx Lorenzoni.

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