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Eduardo Bolsonaro ataca presidente do PL em postagem nas redes sociais

Pouco importa que a truculência tenha sido ineficaz, haja vista a condenação de Bolsonaro a 27 anos de prisão. (Foto: Bruno Spada/Câmara dos Deputados)

O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) subiu o tom contra o presidente de seu partido, Valdemar da Costa Neto, em postagem feita em suas redes sociais.

Morando nos Estados Unidos desde março, o filho do ex-presidente Jair Bolsonaro atacou Costa Neto que, em entrevista nesta semana, criticou uma possível candidatura de Eduardo à Presidência da República em 2026, por outra legenda, e sem o aval do pai.

“Não abdiquei de tudo para trocar afagos mentirosos com víboras. Não lutei contra tiranos insanos para me sujeitar aos esquemas espúrios dos batedores de carteira da ocasião. Esse é o momento para resgatarmos a direita, não para a enfiarmos nas mãos sujas do aproveitador da ocasião”, afirmou o deputado, em postagem na rede X, antigo Twitter, onde compartilhou uma reportagem em que Valdemar diz que ele não tem votos e não respeita o pai.

Costa Neto afirmou ontem que uma possível candidatura do Eduardo à Presidência da República, contra a vontade de Bolsonaro, pode “ajudar a matar” o ex-presidente.

Valdemar disse esperar que Bolsonaro seja o candidato da direita no pleito presidencial, mas caso permaneça inelegível, destacou que caberá ao ex-presidente escolher um substituto.

Questionado se Eduardo obedecerá ao pai, Costa Neto destacou que o deputado “tem que obedecer porque os votos que ele tem são por causa do pai, não são por causa dele”.

Com Eduardo Bolsonaro líder, PL vira partido lesa-pátria

O PL, maior partido de oposição na Câmara dos Deputados, decidiu se converter em nanico moral ao articular uma manobra infame destinada a salvar o mandato de Eduardo Bolsonaro, conspurcado pelo número excessivo de faltas registradas pelo congressista.

Deputado federal eleito pelo PL de São Paulo, Eduardo está desde o dia 20 de março nos Estados Unidos, onde vive com o dinheiro do contribuinte. Seu sonho americano em nada se liga à missão parlamentar; ao contrário, o filho 03 de Jair Bolsonaro (PL) se dedica tão-somente a arquitetar maneiras de prejudicar o Brasil.

Lá estava ele quando Donald Trump, presidente dos EUA, decretou taxação de 50% sobre parte das exportações brasileiras. Lá estava ele quando se mobilizaram sanções contra ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) e outras autoridades nacionais.

E, por inacreditável que possa parecer, lá estava ele quando a porta-voz da Casa Branca, Karoline Leavitt, aventou a possibilidade de os EUA utilizarem seu poderio militar contra o Brasil.

Todos esses episódios suscitam consternação em pessoas de boa índole, mas não em Eduardo. O parlamentar, claramente um inimigo de seu país, celebrou cada um desses gestos como uma vitória pessoal, demonstrando sua falta de escrúpulos.

E para que tudo isso? Na vã tentativa de livrar o pai da cadeia. Para uma cabeça autoritária como a de Eduardo, não existem leis nem instituições; há apenas ameaça e chantagem, linguagens com as quais ele pretendia —e pretende— forçar o Supremo a ignorar os atos golpistas.

Pouco importa que a truculência tenha sido ineficaz, haja vista a condenação de Bolsonaro a 27 anos de prisão. As ações de Eduardo não podem ser esquecidas —muito menos pela Câmara, em cujo nome ele ainda atua, embora tenha computado mais faltas do que seria admissível.

Suas ausências reiteradas desde março ensejariam a perda do mandato —e é justamente para evitar esse desfecho que o PL, em uma jogada prenhe de hipocrisia, resolveu indicar Eduardo para o cargo de líder da minoria. Com informações da Folha de São Paulo.

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