O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) publicou na rede social X (antigo Twitter), na última terça-feira (2), que recebeu com otimismo a notícia sobre a ligação entre o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e o mandatário brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva .
O deputado, que atualmente vive nos EUA, afirma que confia no republicano para negociar com o Brasil “um entendimento que proteja os interesses estratégicos dos Estados Unidos no hemisfério e, ao mesmo tempo, reconheça a urgência da restauração das liberdades civis e do Estado de Direito para o povo brasileiro”.
A avaliação do filho do ex-presidente Jair Bolsonaro vem após Trump elogiar novamente o presidente Lula. Mais cedo, os dois líderes conversaram por telefone sobre o comércio entre Brasil e EUA, combate ao crime organizado e sanções contra autoridades brasileiras.
“Tivemos uma conversa muito boa. Eu gosto dele, muito bom. Tivemos algumas boas reuniões, como você sabe, mas hoje tivemos uma conversa muito boa”, afirmou o norte-americano.
Eduardo, que comemorou as sanções de Washington impostas à economia brasileira e autoridades, desta vez afirma que o diálogo entre os dois países pode abrir caminhos importantes. “Qualquer avanço real nas relações bilaterais exige enfrentar, com honestidade, a atual crise institucional do Brasil e reafirmar a liberdade como fundamento essencial entre nações democráticas”, escreveu.
Os demais filhos de Jair Bolsonaro não comentaram a aproximação entre Trump e Lula até o momento.
Crime organizado
Já o presidente Lula afirmou na quarta-feira (3) que conversou com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, sobre o combate ao crime organizado. Ele fez um alerta sobre a entrada do crime organizado em instituições democráticas, e afirmou que sugeriu ao líder norte-americano para começar a prender brasileiros, chefes de facção, que estão em território norte-americano.
“Eu disse ao Trump, a gente não precisa usar armas, a gente tem que usar a inteligência”, afirmou. “Vamos prender os brasileiros que estão aí”.
O presidente deu a declaração em entrevista à TV Verdes Mares, de Fortaleza. A fala de Lula ocorre um dia depois dele ter ligado para Trump.
Essa é a terceira vez que os dois mandatários conversam desde que sanções foram impostas ao Brasil pelos Estados Unidos. Dessa vez, o telefonema durou 40 minutos.
