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Eduardo Bolsonaro quer passageiro armado em avião. Projeto do deputado tenta reverter regra da Agência Nacional de Aviação Civil, a Anac, que restringiu ainda mais o trânsito de armas em aeronaves

Defensores de políticas mais brandas para o controle de armas de fogo, os Bolsonaro querem que o tema seja revisto no âmbito da aviação.

Eduardo Bolsonaro apresentou na Câmara, na terça-feira da semana passada, um projeto de lei para possibilitar que o cidadão com porte legal de armas possa entrar armado em aeronaves civis.

O projeto tenta reverter uma nova regra da Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) que, em janeiro, restringiu ainda mais o trânsito de passageiros armados. A autorização passou a ser restrita a agentes de segurança que estiverem em serviço.

Para Eduardo, o detentor do porte de arma de fogo deve poder ter acesso ao seu revólver durante todo o voo e até usá-lo, se houver necessidade.

Por fim, o mais radical dos filhos de Jair Bolsonaro sugere que a competência de expedir regras sobre segurança em área aeroportuária seja transferida da Anac para a PF (Polícia Federal).

Pai e filho

Apoiadores do deputado federal e pré-candidato à Presidência Jair Bolsonaro (PSL-RJ) foram convocados por um filho do parlamentar para participarem de uma manifestação no dia 28 de março em Curitiba. O ato foi convocado para o mesmo horário e a menos de um quilômetro do evento de encerramento da caravana do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

A convocação ocorreu durante um evento com a presença de Bolsonaro no aeroporto Afonso Pena, na região metropolitana de Curitiba.

O deputado chegou ao local por volta das 11h45 em um voo comercial e foi recepcionado por aproximadamente 500 pessoas, vestidas com camisetas da seleção brasileira e portando bandeiras do Brasil ou com camisetas com a imagem do presidenciável.

Em um palanque que contou com a presença dos deputados federais Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), filho do presidenciável, e Fernando Francischini (PSL-PR), além do ator Alexandre Frota, Bolsonaro discursou por aproximadamente dez minutos.

Durante o ato, Eduardo e Francischini convocaram os apoiadores a se concentrarem, às 17 horas, na praça 19 de Dezembro – também conhecida como praça do Homem Nu – para uma demonstração de força frente aos adversários políticos.

No mesmo horário e a cerca de um quilômetro de distância, a caravana de Lula prometia encerrar a sua participação na região Sul em um evento público na praça Santos Andrade.

Em sua fala, Bolsonaro não fez nenhuma menção direta aos tiros, mas falou sobre os ovos atirados contra o petista. “Lula quis transformar o Brasil num galinheiro. Agora está colhendo os ovos”, disse Bolsonaro.

A Sesp (Secretaria de Secretaria da Segurança Pública e Administração Penitenciária) informou que foi avisada antecipadamente do evento dos apoiadores de Bolsonaro e da proximidade dos dois atos, e que previu reforço no policiamento e um planejamento de segurança para “garantir a livre manifestação” dos dois grupos.

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