Ícone do site Jornal O Sul

Eleições 2026: Tarcísio tem eleitorado parecido com o de Bolsonaro, mas atrai mais lulistas

. Entre os que consideram a gestão federal “ótima”, 89% não gostam ou gostam pouco de Bolsonaro, enquanto 64% dizem o mesmo sobre Tarcísio. (Foto: Reprodução/YouTube)

Apontado como o nome mais forte na linha sucessória de Jair Bolsonaro (PL), o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), atrai um eleitorado muito parecido com o do ex-capitão. Mas há uma diferença que chama atenção e que pode fazer a diferença na disputa presidencial: Tarcísio tem uma base mais diversa que inclui, entre seus apoiadores, uma parcela maior de eleitores que votaram no presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no segundo turno das eleições de 2022.

Entre os brasileiros que dizem “gostar ou gostar muito” do governador de São Paulo, 22% afirmam ter votado em Lula no segundo turno da última eleição e 65% em Bolsonaro. Outros 11% não votaram ou anularam, e 2% não souberam responder. O dado indica, portanto, que a base de Tarcísio é formada por eleitores que fizeram escolhas diferentes em 2022.

Os números são da pesquisa “A Cara da Democracia 2025”. Foram realizadas 2,5 mil entrevistas presenciais entre os dias 17 e 26 de outubro. A margem de erro é de 2 pontos porcentuais para mais ou para menos, com nível de confiança de 95%. O levantamento inclui pesquisadores de UFMG, Unicamp, UnB, Uerj e Enap, e foi financiado pelo CNPq e pela Fapemig.

O levantamento também revela que Tarcísio enfrenta menos resistência do que Bolsonaro entre quem avalia positivamente o governo Lula. Entre os que consideram a gestão federal “ótima”, 89% não gostam ou gostam pouco de Bolsonaro, enquanto 64% dizem o mesmo sobre Tarcísio.

Nesse mesmo grupo de brasileiros satisfeitos com o governo Lula, 15% têm opinião neutra sobre o governador. É uma fatia do eleitorado que, na prática, pode estar em disputa no ano que vem, já que pode tanto migrar para o grupo dos que gostam de Tarcísio quanto reforçar o bloco dos que não gostam. Com informações do portal Estadão.

Sair da versão mobile