Ícone do site Jornal O Sul

Eleições peruanas foram livres e justas, diz Departamento dos Estados Unidos

Keiko contesta o resultado da apuração, que foi vencida por Castillo (E) e alega fraude. (Foto: Reprodução)

Em meio a um impasse judicial sobre o resultado da eleição no Peru, os Estados Unidos declararam que a disputa entre o esquerdista Pedro Castillo e a direitista Keiko Fujimori foram livres e justas.

Keiko contesta o resultado da apuração, que foi vencida por Castillo e alega fraude. A Justiça eleitoral do Peru deve terminar de analisar os recursos da candidata na sexta-feira. Na nota, o Departamento de Estado pediu ainda que a decisão da Justiça seja respeitada.

“Parabenizamos as autoridades peruanas por administrar com segurança outro turno de eleições livres, justas, acessíveis e pacíficas, mesmo em meio a desafios significativos trazidos pela pandemia de Covid-19” , diz o texto assinado pelo porta-voz do Departamento de Estado Ned Price. “Essas eleições recentes são um modelo de democracia na região.”

O Departamento informa ainda que os EUA apoiam a concessão de tempo às autoridades eleitorais para que processem e publiquem os resultados de acordo com a legislação peruana e afirma que o país pretende continuar “esta importante parceria com o candidato devidamente eleito pelo povo peruano.”

A apuração de 100% das urnas no Peru na última terça-feira (15), mostrou que Castillo obteve 50,12% dos votos, 44 mil a mais que Keiko, que tem denunciado, sem provas, uma suposta fraude nas eleições e pediu ao JNE (Júri Nacional Eleitoral) que anule os votos de 151 seções eleitorais. O órgão precisa analisar todas as contestações antes de proclamar o vencedor.

Se for confirmada a vitória de Castillo, esta será a terceira derrota eleitoral de Keiko. Na eleição presidencial de 2011, foi vencida por Ollanta Humala. Em 2016, ela perdeu por 41 mil votos de diferença para o banqueiro de direita Pedro Pablo Kuczynski , que foi forçado a renunciar em março de 2018 por pressão da bancada fujimorista no Congresso.

Sem a imunidade do cargo de presidente, Keiko correu o risco de ir para a prisão. No dia 10, um procurador pediu a prisão preventiva da candidata por suposta violação das regras de sua liberdade condicional no caso da construtora brasileira Odebrecht, pela qual ficou presa por 16 meses. O pedido foi negado por um juiz na segunda-feira (21).

Sair da versão mobile