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Eliseu Padilha abordou o retrato da logística brasileira

Ministro Eliseu Padilha (Crédito: Matheus Betat/Especial O Sul)

Na sequência do evento, Eliseu Padilha, ministro-chefe da Casa Civil da Presidência da República fez sua explanação, agradecendo a Rede Pampa pela oportunidade de “mais uma vez poder vir falar sobre o RS, não sobre Os Caminhos, mas sobre o retrato do que é hoje a logística brasileira”. Ele lembrou sua trajetória como ministro dos Transportes, depois da Aviação, até a escalação do presidente Michel Temer para que ele assumisse a atual pasta, que coordena também as ações do Ministério dos Transportes. “Falar sobre logística me agrada bastante. Eu fiz um Plano Nacional para o setor durante muito tempo e agora também tenho a coordenação dos Transportes em minha pasta”.

Padilha lembrou as baixas taxas de juros que vem sendo praticadas, aliadas ao controle da inflação, além do Risco Brasil, “que era de 350 pontos quando assumimos o Governo e agora está em 162 pontos”, significa que “hoje o País tem o dobro de confiança, desde que assumimos o Governo”.

Na visão do ministro, existem outros bons indicadores de que o Brasil está entrando nos trilhos, como por exemplo a produção industrial, produção de veículos, com crescimento de 26% e com a planta da GM em Gravataí já trabalhando três turnos, além da produção de grãos, com 224 milhões de toneladas, índices que deverão atingir patamares, se não maiores, pelo menos similares. O ministro apontou também a produção de petróleo, que apresentou crescimento de 2,7% e fez referência à dívida pública, na ordem de 4,8 trilhões de reais, comprometendo em 74% o PIB brasileiro. “Trago estes dados para que se tenha noção do que acontece no Brasil e no RS quando se debate Os Caminhos do Rio Grande”. Eliseu disse que se os desafios do Rio Grande do Sul são grandes, do País são maiores ainda. “O grande desafio do momento é a questão previdenciária. É preciso retomar a capacidade de investimento reduzindo o custeio. Queremos tomar decisões sérias e esta da previdência é uma questão seríssima”.

Quanto a logística brasileira, Eliseu apontou a matriz dos transportes no Brasil, sendo 65% rodoviário, 4% dutoviário, 11% cabotagem, 5% hidroviário e 15% ferroviário. “Há 20 anos já se via a necessidade de investir no hidroviário, que é o mais barato que existe”.

Já com relação ao RS, a matriz aponta 88% centrada no rodoviário, 5% em cabotagem, 5% em hidrovias e 20% em ferrovias. No Brasil são 276 mil quilômetros de rodovias federais, sendo 266 mil pavimentadas e 10 mil ainda sem pavimentos. No RS são 4.974 quilômetros de estradas pavimentadas, 175,8 mil sem pavimentos, totalizando 5.150 quilômetros. “O RS tem uma das melhores malhas, ao lado de Minas Gerais, Tocantins, Paraná e São Paulo”.

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