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Em apenas seis meses, quase 240 ataques foram registrados nos Estados Unidos. Mais de um por dia

Recentemente, ataque em escola do Texas matou 21 pessoas, entre elas 19 crianças. (Foto: Reprodução/Twitter/POTUS)

O Estados Unidos já registraram 239 ataques a tiros em 2022, o equivalente a mais de um por dia em apenas seis meses. As estatísticas são da organização americana Gun Archive Violence e contabilizam ocorrências até 3 de junho.

O número cresceu recentemente, com uma sequências de tragédias que tirou a vida de mais de 30 pessoas apenas no último mês. Pessoas na escola, igreja supermercado e até hospital foram alvo de atiradores, levantando o debate sobre a violência e o controle de armas no território americano.

A organização define como ataques a tiros em massa os incidentes em que no mínimo quatro pessoas são mortas ou feridas. Até o momento, mais de 15 mil pessoas ficaram feridas e 8 mil morreram em ocorrências envolvendo armas de fogo no país. Esse total contabiliza vítimas em casos de suicídio, bem como de homicídio, assassinatos, acidentes e até uso defensivo de armas.

Na semana passada, o presidente dos EUA, Joe Biden, pediu ao Congresso que aprove uma legislação abrangente de controle de armas. Biden classificou como “inconcebível” a recusa da maioria dos senadores republicanos de votar normas mais rígidas sobre armas de fogo.

“É hora de o Senado fazer alguma coisa”, advertiu o presidente democrata, ressaltando que os congressistas “não podem falhar novamente com o povo americano”.

A sequência de tragédias recentes começou em 14 de maio, com a morte de 10 pessoas em um supermercado de Buffalo, Nova York. No dia seguinte, um atirador deixou um morto e cinco feridos em uma igreja na Califórnia.

Na sequência, 19 alunos e duas professoras morreram em uma escola de Uvalde, no Texas, em 24 de maio. No dia 1º, quatro pessoas perderam a vida em um hospital em Tulsa, Oklahoma. No último fim de semana, homens armados abriram fogo em uma rua movimentada na Filadélfia na noite de sábado (4), deixando três mortos e 11 feridos.

Nova York

O Estado de Nova York proibiu a venda de armas semiautomáticas a menores de 21 anos, na tentativa de diminuir a violência após os recentes massacres de adolescentes em Buffalo e Uvalde, que deixaram 10 e 21 mortos (19 crianças), respectivamente, no últimas semanas. Até agora, a idade mínima para adquirir essas armas era de 18 anos.

A governadora do Estado, democrata Kathy Hochul, assinou nesta segunda-feira (6) um pacote de medidas aprovado em tempo recorde pelo parlamento estadual.

O texto também proíbe a venda de coletes à prova de balas e capacetes de proteção para pessoas que não exercem profissões que requerem esses apetrechos.

“A violência das armas de fogo é uma epidemia que está dilacerando nosso país”, disse a governadora, acompanhada pelos líderes da Câmara – que viabilizaram a aprovação do pacote – e por autoridades locais, como a promotora Letitia James.

Kathy pediu ao Congresso federal “liderar e tomar medidas imediatas” de prevenção significativas contra a violência com armas, considerando que se trata de um “problema nacional”.

De acordo com uma pesquisa da CBS News, a maioria dos americanos é a favor de regras mais rígidas sobre a posse de armas, com 81% apoiando a verificação de antecedentes de todos os potenciais compradores.

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