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Em discurso na ONU, Dilma diz que o Brasil vive um momento “grave” e que os brasileiros impedirão “retrocesso”

Presidenta agradeceu a "todos os líderes que expressaram sua solidariedade" a ela (Foto: Ichiro Guerra/PR)

A presidenta Dilma Rousseff afirmou, na manhã desta sexta-feira (22), que o Brasil vive um momento “grave”e que os brasileiros saberão impedir “um retrocesso”. As declarações foram dadas em seu discurso  na cerimônia de assinatura do Acordo do Clima de Paris, na sede da ONU (Organização das Nações Unidas), em Nova York, nos Estados Unidos. A chefe do Executivo recuou e não se disse vítima de um “golpe parlamentar”, como era esperado.

“Não posso terminar minhas palavras sem mencionar o grave momento que vive o Brasil. A despeito disso, quero dizer que o Brasil é um grande país, com uma sociedade que soube vencer o autoritarismo e construir uma pujante democracia. Nosso povo é um povo trabalhador e com grande apreço pela liberdade. Saberá, não tenho dúvidas, impedir qualquer retrocesso”, disse. Ela agradeceu ainda a “todos os líderes que expressaram sua solidariedade”.

Dilma falou por mais de sete minutos, quase o dobro de tempo recomendado pela ONU. A maior parte do discurso foi dedicada ao Acordo de Paris, que ela classificou de “um marco histórico na construção do mundo que queremos, com um desenvolvimento sustentável”. Ela disse ter “orgulho” do papel de seu governo para a adoção do acordo climático e assumiu o compromisso de “assegurar sua pronta entrada em vigor”.

A presidenta chegou a Nova York na noite de quinta-feira (21) e foi recebida por uma manifestação de brasileiros contra o impeachment na entrada da residência do embaixador do Brasil na ONU, Antonio Patriota, onde ela está hospedada. Segundo a assessoria de Dilma, sua agenda inclui um almoço na sede da organização e um encontro com jornalistas estrangeiros.  (Folhapress)

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