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Em estratégia anti-PT, Bolsonaro diz que Haddad vai ‘soltar criminosos’

Candidato do PSL deve passar por nova cirurgia até o fim do ano. (Foto: Reprodução/Facebook)

O candidato à Presidência do PSL, Jair Bolsonaro, afirmou nesta terça-feira (9) que seu adversário no segundo turno, Fernando Haddad (PT) vai “soltar criminosos.” Mais cedo, em entrevista ao programa Pânico, na rádio Jovem Pan, Bolsonaro já havia dito que vai “encher a cadeia de bandido.” Segundo ele, isso “não é ser radical, é ser racional.” O candidato do PT, no entanto, já afirmou que não vai conceder indulto ao ex-presidente Lula , preso em Curitiba.

“Meu adversário falou que vai combater o encarceramento e soltar criminosos da cadeia. Nossa preocupação e prioridade são as pessoas de bem. Falo desde sempre, prefiro uma cadeia lotada de criminosos do que um cemitério lotado de inocentes. Se faltar espaço, a gente constrói mais!”, escreveu Bolsonaro no Twitter.

Nesta terça, o candidato do PSL saiu de casa pela primeira vez após a votação do primeiro turno para gravar programas para a propaganda eleitoral gratuita, que se reinicia nesta sexta-feira (12).

O presidenciável deixou sua casa na Barra da Tijuca, no Rio, pela manhã e seguiu para a residência do empresário Paulo Marinho, no Jardim Botânico.
A mansão de Marinho se tornou o QG da campanha. O local está abrigando a equipe da produtora de vídeo contratada para fazer os programas. São cerca de 15 profissionais da Studio Eletrônico, produtora de Campinas, e parceira da agência AM4, empresa responsável pela estratégia digital da campanha.

Além de Paulo Marinho, Bolsonaro está acompanhado do economista Paulo Guedes e do filho Flávio Bolsonaro, deputado estadual e senador eleito, que chegou no início da tarde. As gravações foram interrompidas para que o candidato desse uma entrevista no início da tarde ao programa Pânico, da Jovem Pan.

Na entrevista, Bolsonaro afirmou que vai encher a cadeia de bandidos.

“Se acha a cadeia ruim, é só não fazer besteira que não vai para lá. Tem que acabar com isso de ter pena de encarcerado. Quem está lá, fez por merecer”, afirmou. “Vamos brigar para acabar com a progressão de pena. Não quer ir preso, não faça besteira. Ponto final”, disse para depois completar: “Isso não é ser radical, é ser racional.”

Perguntado se perdoaria o homem que o esfaqueou durante um comício em Juiz de Fora, no início de setembro, Bolsonaro se exaltou:

“Esse cara sabia o que estava fazendo. Estou vivo por milagre. Tem que agravar a pena desse cara. Não perdoo não. Se depender de mim, ele vai mofar na cadeia.”

Haddad

Haddad afirmou que não concederá o perdão de pena a Lula se for eleito, mesmo que as cortes superiores não reconheçam a inocência do ex-presidente. A possibilidade de indulto presidencial foi discutida ao longo da campanha. O candidato do PT afirmou que o líder petista não quer receber o benefício. Dentro do PT, acredita-se que Lula será solto depois que o Supremo Tribunal Federal julgar a prisão em segunda instância.

O programa de governo do candidato do PT defende uma “reforma da legislação para reservar a privação de liberdade para condutas violentas e promover a eficácia das alternativas penais”. O programa diz que “enfrentará o encarceramento em massa, sobretudo o da juventude negra e da periferia”. E abrir espaço para que as polícias civil e militar se concentrem na repressão a crimes violentos e no combate às organizações criminosas, com foco na redução de homicídios.

Para isso, Haddad pretende implementar “políticas de geração de trabalho e renda para jovens de baixa renda expostos ao ciclo de violência e exploração dos mercados ilegais.

 

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